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Por, Bairros de Maceió - 11/11/2010

IPIOCA - Tudo no local gira em torno de Floriano Peixoto

Tudo no local gira em torno de Floriano Peixoto. Infelizmente, não há remanescentes da família, mas a população local se admira em ter como conterrâneo “o corajoso, destemido e guerreiro Marechal de Ferro”, como costumam ressaltar.

No Alto de Ipioca, há prédios públicos e monumentos batizados com o nome de Floriano. Além da escola da rede municipal – que foi fundada em 23 de junho de 1949 e que conta com 759 alunos – tem a praça (com o busto do presidente), o mirante e o clube social. Todos localizados em torno da praça.

O mirante é o mais reverenciado. Também não é para menos. Uma placa posicionada ao centro informa que o presidente nasceu ali, no dia 30 de abril do ano de 1839. “Neste local nasceu Marechal Floriano Peixoto – honra e glória das Alagoas”.

Ninguém sabe a época em que a casa foi demolida nem o motivo de isso ter acontecido. Só se sabe que o mirante foi erguido em 30 de abril de 1949 na administração do prefeito João Vasconcelos. Na época, Silvestre Péricles governava Alagoas.

“Temos orgulho de sermos conterrâneo de um cidadão que ficou conhecido em todo o mundo por sua coragem, sua determinação, seu amor à pátria. Precisamos de mais florianos e de mais deodoros neste nosso Brasil”, afirmou o aposentado Mário Jorge da Silva.

De geração em geração, o amor e a admiração dos moradores do Alto de Ipioca continuam sendo mantidos. Que o digam os alunos da Escola Floriano Peixoto. “Queremos ser iguaizinhos a ele”, diz Otoniel, 9 anos.

A escola, pertencente à rede municipal de ensino, atende a Educação Infantil até o 9º ano do Ensino Fundamental em dois prédios: o principal, com sete salas de aula, e a extensão, com cinco salas de aula.

Segundo a diretora Taciana, periodicamente a Prefeitura de Maceió realiza reformas no local para que a instituição permaneça sempre preservada.

Estudantes respiram vida e obra do marechal

É só perguntar, que os alunos da Escola de Ensino Fundamental Marechal Floriano Peixoto, localizada no Alto de Ipioca, estarão com a resposta na ponta da língua. Garotos e garotas aproveitam qualquer oportunidade para falar um pouco sobre a vida e a obra do “Marechal de Ferro”, como ficou conhecido o alagoano que foi o segundo presidente da República do Brasil. Ele, aliás, sucedeu a outro alagoano, o marechal Deodoro da Fonseca, que acabou com o regime monárquico, proclamando a República.

Por causa da atuação dos dois militares, Alagoas é conhecida como o “berço da República”.

Na semana passada, por conta da proximidade da data em que se comemora a Proclamação da República, 15 de novembro, os estudantes do Alto de Ipioca, berço de Floriano, expuseram um pouco sua admiração pelo conterrâneo. “Quero ser muito inteligente, assim como ele”, disse Adne, 8 anos.

Assim como ela, Jennifer, Liedja, Laura, Otoniel, Moises, João e tantos outros estudantes locais respiram a vida e a obra de Floriano Peixoto no cotidiano. 

Posicionados em fila indiana, tendo ao fundo o nome da escola, eles falam apontando para o que veem por perto. “Naquele mirante ficava a casa onde ele nasceu; a praça também leva o seu nome; a igreja era de sua época”, contam, quase aos gritos, meninos e meninas, expressando sua admiração.
 
Mas não é só o legado material que os alunos admiram. Os olhos deles também brilham quando falam das supostas qualidades do Marechal de Ferro. “Soube que ele era muito estudioso, por isso quero seguir seu exemplo”, afirma Jennifer. “Estudioso e corajoso, pois não foi à toa que se tornou presidente”, comenta Otoniel.

A diretora-geral da Escola de Ensino Fundamental Marechal Floriano Peixoto, Taciana Sandes de França, explicou que a vida e a obra do homenageado não são reverenciadas apenas nesta época do ano, quando é comemorada a Proclamação da República.
 
É claro que em novembro há eventos que lembram a data. “Realizamos o tradicional desfile cívico, quando meninos e meninas se deslocam até a praça – que também leva o nome de Floriano”, ressaltou a diretora Taciana, acrescentando que também há apresentações culturais.

No entanto, todos os anos, em abril, em cada sala de aula, há projetos voltados para a Semana Floriano Peixoto. Nessas ocasiões, são realizadas oficinas, palestras e discussões sobre a vida e a obra do segundo presidente do Brasil. As homenagens acontecem porque foi em 30 de abril que nasceu o famoso conterrâneo do Alto de Ipioca.

Isso não significa dizer, contudo, que os alunos não estudem a obra de outro alagoano famoso, que também faz parte da história da Proclamação da República: o precursor do movimento Deodoro da Fonseca. “Ele foi nosso primeiro presidente”, diz a aluna Adne.

Fonte: SECOM Maceió / Foto: José Luiz Rios

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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