Show acontece no dia 13/11, às 18h30, no SESC Poço, e conta com atração alagoana, pernambucana e francesa
Democratizando o acesso da população a atrações de qualidade e promovendo o intercâmbio entre a música nordestina de improviso e o que se produz de mais inovador no jazz contemporâneo mundial, a primeira edição do Jazz in Alagoas traz duas atrações francesas (Briegel Bros Band e SaxMachine), uma pernambucana (Alex Corezzi) e banda alagoana Power Jazz. O Jazz in Alagoas surge para colocar Alagoas no mapa dos grandes festivais internacionais do estilo e gera oportunidades de intercâmbios e negócios que beneficiam toda a cadeia produtiva da música. O show acontece no SESC Poço, no dia 13 de novembro, às 18h30. A entrada é 1kg de alimento não perecível.
A universalidade do jazz
Filho requintado da herança africana na América, o jazz é universal e de crescente interesse pelo Nordeste, assim como a busca permanente das transformações, improvisações e possibilidades de trocas e misturas que o jazz oferece. Apesar de ter nascido há mais de um século nos EUA, o jazz como improviso não tem nação de origem. É expressão ao mesmo tempo universal e específica de cada cultura.
Em 2003, nasce o Recife Jazz Festival, uma celebração da música improvisativa contemporânea. Hoje, Pernambuco tem no Recife Jazz Festival a lacuna preenchida no coração dos amantes do jazz e da música instrumental de vanguarda. Durante esses anos o público se fez presente em cada edição do festival, acompanhando atrações que qualificam o evento como espaço garantido de qualidade na agenda cultural do Recife.
Power Jazz
Fazer música pelo prazer de improvisar, de experimentar e de se deixar levar pelo som. Foi com esse objetivo que, há quase 6 anos, um grupo de músicos alagoanos, com respeitadas carreiras individuais, como Geraldo Benson, Ênio Santos, Billy Magno e Beto Batera, decidiu se reunir e reservar um dia da semana exclusivamente para a música instrumental. Assim surgiu a Power Jazz, uma das únicas bandas de Alagoas dedicadas atualmente a este gênero, que inclui tanto o jazz tradicional quanto a música brasileira. Com um repertório vasto que inclui músicas de Charlie Parker, John Contrane, Mille Davis, Thelonius Monk, Dizzy Gillespie, Hermeto Pascoal, Heitor Villa-Lobos, Tom Jobim e Djavan, além de várias composições próprias, o grupo passou por algumas mudanças em sua formação original e conta hoje com Geraldo Benson na guitarra, Marcius Campelo na bateria, Félix Baigon no baixo e Everaldo Borges no sax.
Alex Corezzi (MG/PE)
Música para ver, ouvir e dançar. Foi isso que o saxofonista e multiinstrumentista Alex Corezzi trouxe. Acompanhado do baterista e percussionista Enoque Souza, Alex pilota um laptop, piano e saxofone, criando uma arrojada mistura entre música eletrônica, percussão, ritmos brasileiros e jazz, que espanta pela ousadia e impressiona pela organicidade, fruto de uma experiência de quase vinte anos de carreira artística. Músico, compositor e agitador cultural, nascido em Minas Gerais em 1972, em uma família de artistas plásticos, Alex Corezzi iniciou na música com a guitarra elétrica. Sua vida acadêmica foi marcada por estudos com o arranjador e saxofonista Edson Rodrigues. Em seu novo trabalho, mistura música eletrônica a improvisações jazzísticas e batidas africanas, unindo de forma harmoniosa ritmos velozes e melodias lentas. Por ser baseada em “loops”, sua música pode ser apresentada em várias formações. Alex Corezzi é marcado pela obstinação em fazer e divulgar a música instrumental autoral, popular ou erudita, sendo ele idealizador e diretor do Recife Jazz Festival, que em 2008 chega à sua sexta edição.
Briegel Bros Band (França)
A Briegel Bros Band (BBB), fundada em 1989 pelos irmãos Nathanael e Cyrille Briegel, é hoje composta por três músicos (desde o trágico desaparecimento do saxofonista e membro do grupo Philippe Leclerc em junho de 2006). A música do grupo é baseada na riqueza dos ritmos binários, esta pulsação “neutra” que permite desenvolver cores e climas bastante diferentes, integrando e misturando elementos vindos de diversos horizontes musicais como a música latino-americana, o funk, o pop e o blues. De todas essas músicas, a BBB utiliza os sons, os ritmos e as harmonias; do jazz, vêm as estruturas musicais, a liberdade de interpretação e a interação e comunicação entre os músicos. É o tratamento desta “base” pelos músicos do grupo que traz homogeneidade a essas composições ecléticas e variadas. Assim, a BBB produz uma música particular, elegante e pessoal. Este grupo inclassificável é uma das formações mais excitantes e inovadoras da nova cena do jazz francês (que ele mesmo contribuiu para fazer emergir) nos últimos 15 anos.
Sax Machine versus Jay Ree (França)
Vindo do funk e da música afro-americana, o saxofonista francês Guillaume Sené se volta muito rapidamente para o jazz e as músicas improvisativas, orientando assim suas criações na direção da espontaneidade e da liberdade musical. Desejando expandir a extensão de seu instrumento através da eletrônica, ele criou, em 2007, o projeto SaxMachine. Conscientemente experimental, SaxMachine explora as capacidades sonoras do saxofone. Ele criou, desenvolveu e implantou um universo único e intrigante, empilhando loops até formar um transe ritmado e infernal. Como uma sax band de um homem só, ele deixa como único rastro a marca sonora de um groove denso e recheado de riffs. Ávido por novas experiências e reencontros musicais, SaxMachine convida o MC Jay Ree para seus concertos em 2008. Nascido em Londres e banhado por um universo multicultural, Jay Ree destila um fluxo personal e atípico a serviço do groove.
SERVIÇO:
Jazz In Alagoas
Apresentação de grupo alagoano (Power Jazz), pernambucano (Alex Corezzi) e francês (Briegel Bros Band e Sax Machine)
Dia: 13 de novembro
Horário: 18h30
Local: SESC Poço
Rua Pedro Paulino, 40 – Poço
Entrada: 1 kg de alimento não perecível
Parceria: Secretaria de Estado da Cultura, Consulado Geral da França para o Nordeste e SaxJazz
Mais informações: 0800 284 2440 e 3326.3700
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.