A banda de música da antiga Escola Técnica Federal de Alagoas está de volta. No ensaio inaugural que reuniu músicos de várias gerações, a direção da instituição assumiu o compromisso de reativar a banda e garantir a manutenção de um trabalho de décadas. A reestréia está prevista para novembro desse ano, dentro da programação do centenário da escola, atualmente, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas.
Artistas de todos os naipes vão testemunhar e celebrar um momento histórico para a arte alagoana: o retorno da Banda de Música da antiga Escola Industrial (atual IF/AL - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas). Instrumentistas de várias gerações – alunos e ex-alunos da instituição – reuniram-se para o ensaio inaugural, sob a regência do maestro Almir Medeiros, ex-aluno da escola e da banda. A reestréia da banda foi anunciada para novembro, quando se apresentará junto com o CORETFAL e o grupo Antiqua Mundi, em praça pública.
O projeto, idealizado por Almir Medeiros e pela maestrina Fátima Menezes, foi elaborado e encaminhado pelo CORETFAL – Ponto de Cultura Encantando a Vida, com total apoio da instituição, por meio do reitor Roland Gonçalves dos Santos. Professor da escola há 30 anos, ele ratificou, emocionado, o compromisso com a reativação da banda: “um gestor, em sua ação, deve refletir o sentimento da sociedade e se sentir realizado quando isso acontece. É uma espécie de resgate do passado, um passado glorioso. Melhor ainda foi perceber que a banda tem seguidores que não deixaram esses ensinamentos se perderem no tempo. A banda não apenas será reativada como terá um espaço físico próprio para ensaios e reuniões. Não é uma promessa, é um compromisso que assumo com muita alegria. Esse é o papel da escola viva!”.
Para o maestro Paranhos, atual regente da banda de São Miguel dos Campos, reviver os momentos em que tocou na banda foi emocionante: “fiquei ansioso a partir do momento em que recebi o convite, me senti vivo, útil. É maravilhoso poder retomar um trabalho que tanto encantou a comunidade e os próprios músicos”.
O maestro Almir Medeiros tem ainda mais motivos para comemorar: ex-aluno e atual professor do IF/AL, à disposição do Ponto de Cultura, aprendeu a tocar na banda e nunca mais exerceu quaisquer atividades que não relacionadas à música. “Esse reencontro foi marcante. Todos trazem consigo um pedaço da banda, tanto que, com a extinção, foi como se morresse um pouco de cada um de nós também. A empolgação é geral, essa perspectiva do retorno é uma espécie de ressurreição. Uma banda, dentro de uma escola, tem papel importantíssimo porque abre caminhos à profissionalização, para que muitos possam viver da música, como acontece com alguns dos instrumentistas que passaram por aqui”.
SERVIÇO:
Mais informações: Assessoria de Comunicação CORETFAL -9334-4734 (Gal Monteiro)
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.