Os santos Antônio, João e Pedro continuam trazendo sorte para o cantor e compositor alagoano Eliezer Setton. Nas festas juninas do ano passado, sua canção “D estar” foi parar no celebrado disco “Balaio de Amor” (Biscoito Fino), da cantora Elba Ramalho. Agora é a vez de Gilberto Gil investir no talento do artista alagoano. No disco “Fé na Festa”, o nome de Setton aparece na faixa “Maria minha” ao lado do forrozeiro Targino Gondim. Eles são responsáveis pela letra que exalta o jeito manhoso de namorar dos moradores das cidades do interior: “Sai dessa cozinha/ o café pode esperar/ Vem ficar na rede que eu armei/ pra nós se amar/ Vem se balançar/ Brincar de vai-e-vem”. A inclusão de Setton no novo álbum de Gil reafirma sua desenvoltura nos ritmos nordestinos. Não à toa, suas músicas já foram gravadas por Oswaldinho, Jorge de Altinho, Dominguinhos e muitos outros forrozeiros de primeira linhagem.
Arrasta-pé no Sesc
No trabalho do ex-ministro da Cultura, o cantor e compositor alagoano está num seleto grupo, que tem nomes de peso como Nando Cordel, Vanessa da Mata, Zé Dantas e Luiz Gonzaga. Gil assina a maioria das músicas de “Fé da Festa”, um disco dedicado aos festejos juninos e tem semelhanças com o megasucesso “As Canções de Eu, Tu, Eles”, de 2005.
Na última sexta-feira, Setton cantou “Maria minha” no tradicional happy hour do Sesc Poço. Ao lado da banda Xote.com, formada por seus filhos, ele garantiu o arrasta-pé com a potente voz e inconfundível presença de palco.
“Ele é demais, é um mestre do forró e um dos melhores representantes da música alagoana. Por isso, é reconhecido por artistas famosos como Gilberto Gil e Elba Ramalho. Com Eliezer Setton ninguém fica parado. Todo mundo cai no forró de primeira qualidade”, garante o comerciante Waldenicio Alves, que conhece como poucos a música produzida em chão alagoano.
Fonte: Portal Tudo da Hora
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.