Artista canta a canção Onde Estará o Nosso Amor, de Chico César, e faz duo com a cantora Wilma Araújo, na faixa Jardins e Quintais
Gravado entre março de 2019 a maio de 2021, o álbum Estação Utopia, do cantor e compositor Marcos Farias – título da segunda faixa –, reúne 10 canções de sua autoria, sendo Clara Água em parceria com Antonio Henrique. O artista interpreta, ainda, Onde Estará o Nosso Amor, de Chico César. Em Jardins e Quintais, música de abertura, Marcos convida para um duo a cantora alagoana Wilma Araújo.
O CD vem com a direção musical do pianista e tecladista Silvano Queiroz, que produziu 8 faixas. O produtor e guitarrista Norberto Vinhas assina a produção de duas canções, Estação Utopia, com Fernando Nunes no baixo e Tiago Rabelo na bateria, e Canto da Sereia. Já a música Há Mares, Há Lagoas, ficou sob a produção do baixista Van Silva.
Duas regravações constam no trabalho: Canto da Sereia, do álbum Em Canto, em versão acústica, e De Gamela a Maragogi, que surge sem a introdução folclórica, A Sopa, do CD O Tempo é Agora, ambas arranjadas por Norberto Vinhas. Silvano Queiroz também assina o arranjo instrumental De Gamela a Maragogi, que vem com novas levadas do baterista Allyson Paz e do baixista Luciano Vasconcelos.
Marcos Farias desenvolve a temática das canções pautada no lirismo com inspiração nas paisagens costeiras e, também, na História de Alagoas. É o caso de Há Mares, Há Lagoas, De Gamela a Maragogi e Preta. Tia Marcelina, afro-alagoana, é a personalidade homenageada na música Preta, vítima de intolerância religiosa por praticar cultos de matriz africana, episódio conhecido como Quebra de Xangô de 1912. Inquietação e perseverança decorrentes do período de pandemia e do momento político do Brasil também permeiam as letras, como são os casos de Solitude e Coragem e Estação Utopia.
“Embora o tema exija muita responsabilidade, homenagear a Tia Marcelina foi gratificante e trouxe imensa satisfação. Desde a escolha dos ritmos – o Coco e o Maracatu – até o arranjo instrumental e vocal que representasse bem a consternação pelo brutal episódio, mas sem deixar faltar a alegria peculiar da música afro-brasileira”, descreveu Marcos Farias, sobre o processo de criação de Preta.
O álbum Estação Utopia traz na capa e no encarte a exposição do trabalho artístico de nomes das artes em Alagoas. É o caso do fotógrafo Pablo De Luca e da fotógrafa Layse Farias, além da intervenção dos artistas plásticos Chico Simas, Pedro Cabral, Suel, Persivaldo Figueiroa e Agélio Novaes.
Por tudo isso, vale a pena conferir tim-tim por tim-tim do novo álbum Estação Utopia, do alagoano Marcos Farias.
Fonte: https://082noticias.com - Por Geraldo de Majella
OUÇA DISCOGRAFIA DE MARCOS FARIAS - AQUI
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.