Brotando da areia solta
um coqueiro desigual
incomum em sua beleza
e de um formato fenomenal.
Era fonte de atração
do turista do sul e de norte
e de todos os alagoanos
que viam nele amor e sorte.
Os casais enamorados
iam sempre o procurar
de confidente a psicólogo
muitos o quiseram nomear.
Cúmplice de tantos queixumes
De promessas vãs e desamores
Morreu meu Gogó da Ema
Sem choro nem vela nem flores.
Assim ele tristemente se foi
Levando os segredos sussurrados
Testemunhados pela noite fria
E pelos sons dos búzios encantados.
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.