Quando DEUS criou o mundo
E resolveu descansar
Veio aqui pra Maceió
E não queria voltar
Fez daqui seu paraíso
Deu-lhe um lindo céu de anil
Transformou nossas lagoas
Nas mais lindas do Brasil
Criou nelas nove ilhas
E um viçoso manguezal
Fez praias de areias alvas
De Ipióca ao Pontal
Fez um mar esverdeado
Um luar encantador
Um coqueiral verdejante
E um povo de valor
Foi até nossos mirantes
Viu praias e o coqueiral
Ficou dizendo baixinho:
“Eu nunca vi coisa igual!”
Ele muito se orgulhava
Das coisas boas que fez
E citava Maceió
Onde passou mais de um mês
Gostou muito de peixada
De camarão e pitu
De carangueijo e siri
De lagosta e sururu
Tomou banho em Pajuçara
Encantou-se com a beleza
E chamava a linda praia
Pupila da natureza
Nos domingos ensolarados
Nas piscinas naturais
DEUS passava o dia inteiro
E não esquece jamais
Acordava bem cedinho
Na Jatiúca ia andar
Na Manguaba e Mundaú
Ele adorava pescar
Andou de lancha e jangada
E num veloz jet-sky
E disse pra Adão e Eva:
“Vou deixar vocês aqui!”
Ao terminar seu descanso
E aproveitar do melhor
DEUS se auto intitulou:
CIDADÃO DE MACEIÓ
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.