Tu, que és prateada pela lua,
Tu, que és tão dourada pelo sol,
Tu que tens as cores do arrebol,
Sempre n’alma levo a imagem tua.
E ao lembrar os teus bairros coloridos,
Relembro os meus amores mais queridos...
As mais belas loirinhas e morenas,
Mulheres divinais, lindas verbenas.
Amo a tua lua beijando o mar
E teus coqueirais à luz do luar.
Eu jamais te esquecerei, Maceió!
E amanhã, quando nada mais restar,
Deixem-me, venturoso, aqui morar
Para que jamais eu me sinta só.
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.