Maceió em Verso & Prosa

Marmundaúguabalagoas

Em Alagoas, a língua é falada
com alado sabor de açúcar. 

Na minha terra,
quando cai o Sol
sobre as lagoas:
adormece Alagoas,
adormece Alagoas. 

Alagoas, acorda do passado glorioso;
dos pulsos não deixa escapar as rédeas
da história, seus casarios moriscos
testemunham diuturnamente sua glória. 

Salve! Salve!
Alagoas
Salve! Salve! 

Onde o Sol nunca se apaga, ver-
melho melancia, amarelo manga;
o disco escarlate
abre asas esvoaçantes,
aterrissa às águas
em seu fogaréu pajuçara,
explodem labaredas
vermelhas melancias,
amarelas mangas,
verdes, azuladas,
extática beleza de Alagoas rica,
que realizou os vários sonhos de
dormir Império, acordar República. 

Onde as palmeiras,
açoitadas pelos muitos ventos,
sussurram os argumentos:
Lá...............................................
.........a vida é boa.....................
.........................lá........................
........................a vida é boa,
nas cores de Alagoas, nos
sabores de Alagoas. 

Alagoas de cores mutantes,
de verão o ano inteiro,
de mar bigâmico com Mundaú
e Mangaba; um cheiro eterno
de açúcar dos quebra-queixos,
roletes de cana, Alagoas
soberana banhada de luz,
seus vermelhos, seus laran-
jas, seus verdes, suas inter-
mináveis tonalidades de azuis.

Bairros de Maceíó © 2002-2020

Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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