Maceió é azul lilás dos tempos das catedrais.
Das cores de tuas vestes. Lânguidas e eternas.
Maceió é azul-turquesa dos tempos da baronesa.
Das cores dos teus sonhos. Platônicos e serenos.
Maceió é azul noturno das noites tropicais.
Das cores dos teus sorrisos. Sutis e impenetráveis.
Maceió é azul-marinho das horas madrigais.
Das cores da esperança. Tímida e incontida.
Das cores da certeza. Fúlgida e refreada.
Das cores da mágica luz. Lógica e vivida.
Outros azuis
Maceió é azul-piscina das horas matinais.
Das cores do teu bom-dia. Lúcido e inquieto.
Da incerteza cerúlea. De um dia azulíneo.
Maceió é azul celeste de lagoas acinzentadas.
Das cores das vontades. Pacíficas e urbanas.
Maceió é azul anil das tardes sensuais.
Das cores do teu corpo. Sândalo e sensível.
Das cores dos teus beijos. Doces e lascivos.
Das cores das tuas mãos. Ágeis e profanas.
Mas Maceió azulejada anda ficando amarela demais.
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.