Quando olhei pela primeira vez Maceió,
eu tentei endireitar a curva da Rua do Comércio,
no meu olhar de criança.
Como ser curva, se as ruas são tão retas em Fernão Velho?
Quando olhei o mar da avenida,
suas pequenas ondas me assustaram
como se ele brincasse de monstro da cara feia.
E os meus olhos assustados não percebiam
o que hoje os meus olhos envelhecidos ponteiam:
a rua curva e o mar salgado apenas me sorriam.
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.