Depois de 40 anos funcionando precariamente e com a capacidade saturada, o lixão de Jacarecica será desativado nesta sexta-feira (30), quando a Prefeitura inaugura a primeira célula do aterro sanitário de Maceió. A obra será inaugurada às 10h30, pelo prefeito Cícero Almeida, dando inicio a uma nova fase no tratamento de resíduos sólidos no município. O projeto prevê a construção de quatro células nos próximos 20 anos, cada uma com vida útil de 5 anos, numa sequência ininterrupta. Antes de se esgotar a capacidade de uma, a outra já estará sendo preparada para entrar em operação. No total, serão investidos R$ 300 milhões nas próximas duas décadas, com a obra avançando à medida que novas células forem sendo construídas.
O aterro sanitário foi projetado para receber 1.400 toneladas de lixo por dia. Esse total foi calculado com base no que é depositado hoje no lixão de Jacarecica. “A diferença é que agora o lixo terá um tratamento verdadeiro”, destaca o superintendente da Slum, Ernande Baracho.
Segundo o consultor ambiental Alder Flores, a expectativa é que o aterro sanitário funcione na região do Benedito Bentes pelos próximos 30 anos, num terreno de 140 hectares.
“O aterro já receberá todo tipo de lixo. Resíduos domiciliares, animais mortos, resíduos industriais, material de podação e restos da construção civil, cada um com locais específicos para o tratamento adequado”, explica Alder Flores.
Além das células para decomposição do lixo, o aterro sanitário também tem uma estrutura completa na parte de administração. No local, funcionará um centro administrativo para dar suporte aos funcionários que trabalham no aterro, além de um Centro de Educação Ambiental.
Também será ativada uma unidade de beneficiamento de entulho e uma estação para captação do gás produzido pelo lixo. O objetivo é reciclar ao máximo o lixo que será depositado no local, já que a reciclagem, além de reduzir o impacto ambiental, também ajuda a prolongar a vida útil das células.
“O tratamento do lixo será de tal forma que será possível até usar a água tratada para aguar parques e jardins da cidade”, revela o superintendente da Slum.
O consórcio de empresas responsável pela construção do aterro sanitário também fará a desativação do lixão de Jacarecica. O processo será feito de forma gradativa e obedece a uma das cláusulas do contrato firmado entre a Prefeitura e o consórcio.
Inserção Social - Paralela à operação do aterro sanitário, a Prefeitura também vem fazendo um trabalho social entre os catadores do lixão. Segundo Ernande Baracho, foram catalogados 326 catadores de lixo na região, que estão sendo orientados pela Prefeitura a buscarem outras fontes de renda.
“Estamos ministrando cursos para eles nas áreas de manicure, servente de pedreiro etc. Também há um projeto para que algumas dessas pessoas sejam contratadas como garis pelas empresas privadas ou, ainda, contratadas para trabalhar em obras executadas pelo município”, explica o superintendente da Slum.
Fonte: SECOM - Maceió
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.