Aterro sanitário de Salvador servirá de molde para implantação em Maceió
Depois de muita polêmica, o aterro sanitário não poderá mais ser implantado em Guaxuma. Agora há pouco, o juiz Kléver Loureiro, determinou, em caráter liminar, a suspensão de todos os efeitos jurídicos da licença ambiental expedida pelo município de Maceió, referente à implantação do aterro sanitário em Guaxuma.
A decisão atende ao pedido do Ministério Público de Alagoas, em ação civil pública impetrada no último dia 17, pelos promotores de Justiça Maurício Pita e Jamyl Barbosa.
Na decisão, o juiz da 17ª Vara Cível da Fazenda Estadual também proíbe a realização de “todo e qualquer trabalho de topografia, terraplanagem, desapropriação, contratação de empresas para a realização de estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental ou de projetos de engenharia que tenham como finalidade a implantação de aterro sanitário no bairro de Guaxuma”.
A multa diária estipulada pelo juiz, em caso de descumprimento da decisão, é R$ 10 mil.
Debate
Ontem, a escolha da área de implantação do aterro sanitário de Maceió, voltou a ser debatido em audiência pública, na Câmara Municipal de Maceió.
Durante a sessão, o setor imobiliário se mostrou radical à implantação do aterro em Guaxuma e reafirmou que será um grande problema para os moradores, para a expansão imobiliária e para o desenvolvimento do turismo.
A promotora da República, Niedja Kaspary, disse que foi a primeira vez na vida pública dela que a população se manifestar contra um projeto que vai beneficiar a cidade. ''Ao invés de lutar contra a implantação do aterro, a população deveria – há muitos anos – ter se voltado contra a existência do lixão'', afirmou.
Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação (SECOM/Maceió)
Crédito da foto: Luis Vilar
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.