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Por, Bairros de Maceió - 13/12/2024

IBGE divulgou censo 2022 estratificado por bairro em Maceió

Cidade Universitária lidera crescimento populacional em Maceió, aponta Censo 2022

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados do Censo 2022 com dados estratificados por bairro em Maceió, revelando mudanças significativas na distribuição populacional da capital alagoana. O destaque foi para o bairro Cidade Universitária, que apresentou o maior crescimento em números absolutos e percentuais.

A população da Cidade Universitária saltou de 71.441 habitantes em 2010 para 118.017 em 2022, um aumento de 46.576 pessoas, correspondendo a um crescimento de 65,20%. Este crescimento está relacionado à construção de diversos conjuntos residenciais, como o Maceió I, com 3.900 habitações, o Jardim Royal e suas adjacências. Além disso, a migração de moradores de bairros afetados pela instabilidade geológica causada pela mineração da Braskem, como Mutange, Bom Parto e Bebedouro, também contribuiu para o aumento populacional na região.

Benedito Bentes perde status de bairro mais populoso

O bairro do Benedito Bentes, que em 2010 era o mais populoso de Maceió, teve um crescimento mais modesto, passando de 88.084 para 110.746 habitantes, com um incremento de 22.662 pessoas, representando 25,73% de aumento. Apesar disso, perdeu o título de bairro mais populoso para a Cidade Universitária.

Jacintinho registra perda de população

Historicamente conhecido como um dos bairros mais populosos até o início dos anos 2000, o Jacintinho viu sua população diminuir de 86.514 em 2010 para 73.139 em 2022, uma redução de 15,46%. A alta densidade demográfica do bairro tem limitado seu crescimento.

Impactos da Braskem na população local

Entre os 50 bairros de Maceió, 28 apresentaram redução populacional, sendo o Mutange o caso mais extremo. Em 2010, o bairro tinha 2.632 habitantes, mas em 2022 a população caiu para zero. Apesar disso, o Mutange segue oficialmente reconhecido como bairro, ocupando uma área de 0,54 km², conforme comunicado do IBGE.

Bebedouro foi o segundo bairro mais afetado, passando de 10.103 para 1.128 habitantes, uma redução de 88,83%. O Pinheiro também sofreu grande impacto, perdendo 13.693 moradores, com sua população diminuindo de 19.062 para 5.369 habitantes, uma queda de 71,83%.

Expansão na região norte e parte alta da cidade

Os bairros localizados na região norte de Maceió, de Cruz das Almas a Ipioca, registraram aumento populacional, com destaque para Jacarecica (crescimento de 68,23%) e Guaxuma (45,34%). Na parte alta da cidade, os bairros Cidade Universitária, Benedito Bentes e Antares juntos somaram um aumento de 77.527 habitantes em relação ao Censo de 2010.

Mudanças demográficas na última década

O Censo 2022 revela uma tendência marcante de redistribuição populacional em Maceió. O crescimento da parte alta e da região norte da cidade tem se destacado, impulsionado por novos empreendimentos habitacionais e pela migração de moradores provenientes de áreas afetadas por problemas geológicos.

Embora tenha registrado uma redução populacional significativa, o bairro do Jacintinho não está entre os diretamente impactados pela situação da Braskem. Porém houve uma diminuição de 13.374 habitantes devido a sua densidade demografia em uma área que não tem espaço para crescimento, tornando-se um bairro com predominância comercial que funciona de domingo a domingo.  

A tabela abaixo apresenta dados dos três últimos recenseamentos (2000, 2010 e 2022), além das áreas em km² de acordo com a Lei Municipal 4.952/2000, que regula o perímetro urbano e o abairramento de Maceió. Esses dados oferecem uma visão mais ampla das transformações populacionais na capital alagoana.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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