A prefeitura de Maceió e o governo do Estado chegaram a um acordo que vai viabilizar o uso da antiga Ceasa para acomodar os comerciantes da região da Feira do Passarinho. Pelo acordo, o município poderá explorar a estrutura da Ceasa pelo prazo de 25 anos,em regime de comodato.
Com isso, a prefeitura avança mais uma etapa rumo à implantação do Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT, cujo projeto prevê a retirada de todos os comerciantes situados às margens da linha férrea, para sua própria segurança.
De acordo com o contrato de cessão de uso, publicado na edição de sábado do Diário Oficial do Município, devem ser transferidos, prioritariamente, os comerciantes que trabalham nas regiões comprendidas pelo Parque Rio Branco, Feira do Passarinho e proximidades do Mercado da Produção.
“Todo o processo vem sendo desenvolvido por etapas e a primeira era a aquisição dessa área da Ceasa, que agora passará por uma reforma completa. As obras são necessárias para adaptar o local ao trabalho dos comerciantes que para lá serão transferidos”, explica o secretário de Planejamento do município, Márzio Delmoni.
Ainda segundo ele, a Caixa Econômica Federal, instituição responsável pelo repasse dos recursos, só libera o dinheiro à medida em que a Prefeitura comprova, com docmentos, o andamento do projeto. “Com esse contrato de cessão de uso, em breve o banco irá liberar o dinheiro para iniciarmos a obra de adaptação da Ceasa”, revela o secretário.
Além de possibilitar a implantação do VLT, a retirada dos comerciantes da Feira do Passarinho também vai liberar a região para mais uma etapa da requalificação do Centro.
O processo de cessão da Ceasa foi realizado pelo Estado, por meio da Companhia Alagoana de Recursos Humanos e Patrimoniais (CARHP).
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.