Notícia

Por, Bairros de Maceió - 07/01/2007

Uma Maceió rural que poucos conhecem

Família Cupertino diz que não troca lugar onde vive por Maceió: “Tem de ser muito melhor”

Lelo Macena
Repórter
Fonte: Gazetaweb.com

Voltada para o azul do mar, dependente do brilho dourado do sol e ciosa de sua vocação turística, Maceió cresceu literalmente dando as costas para a sua zona rural. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, a nossa capital não é tão urbana assim quanto possa parecer. Dos 508 quilômetros quadrados que compõem a cidade, mais da metade é área rural, que, apesar de estar a poucos minutos do centro urbano da cidade, ainda guarda características rústicas, bem ao modo do mais ermo povoado de um interior distante. Diversificada, a nossa zona rural também abriga grandes e médias propriedades, equipadas com o que há de mais novo em tecnologia, que garantem emprego para muita gente e movimentam uma parte da cidade que a população urbana pouco ouve falar.

Fazenda-modelo gera emprego e renda com frutas
Situada no lado Norte da cidade, a propriedade do professor George Lins da Cunha é modelo de uma experiência bem sucedida na zona rural da capital. Ocupando o espaço de 10 hectares, o Sítio Paraíso é sinônimo de produtividade e de fartura no cultivo de frutas. São 800 pés de graviolas “gigantes”, um hectare de goiaba, 300 pés de acerola, 100 pés de coqueiro, cerca de 300 mangueiras e alguns poucos pés de caju. Para complementar, ele ainda planta um hectare de macaxeira todo ano e também cultiva pimenta, quiabo e maxixe. Tudo isso, vale ressaltar, a poucos minutos do centro da capital.

Fazenda inova e vira empresa familiar
O espaço rural de Maceió tem na sua característica principal as grandes propriedades de terra. A maior parte está atrelada ao cultivo da cana-de-açúcar, mas uma grande parcela está improdutiva, apenas esperando pelo melhor lance numa transação imobiliária. Nenhuma das características acima podem ser atribuídas à Fazenda Santa Luzia, no Benedito Bentes, uma propriedade de 2.200 hectares, considerada uma das mais diversificadas do Brasil e genuinamente maceioense.

ONG quer explorar potencial de áreas
O secretário municipal de Proteção ao Meio Ambiente, Ricardo Ramalho, talvez seja hoje o integrante do governo municipal que mais acredita no potencial da zona rural de Maceió. Para ele, a exploração das atividades rurais na periferia da cidade seria uma solução para o problema do desemprego e da miséria que tomam conta das favelas situadas na entorno do perímetro urbano da capital.
“Nos 508 quilômetros quadrados da capital existem potencialidades rurais que podem auxiliar significativamente na diminuição dos graves problemas urbanos de Maceió”, diz Ricardo Ramalho.

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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