Paulino Rodrigues Santiago
(Maceió - AL 13/03/1888 – Maceió - AL 10/10/1967). Folclorista, poeta, bancário. Filho de Joaquim Rodrigues Santiago e Emília Rodrigues Santiago. Aprendeu a ler em casa; aos doze anos, deixava a escola para ser caixeiro da Livraria Fonseca. É levado por um tio para Recife, mas logo regressa a Maceió. Volta a trabalhar no comércio. Nomeado, pelo governador Clodoaldo da Fonseca, contador do Banco do Estado e, sucessivamente, chegou a gerente e diretor-superintendente do Banco de Alagoas, sucessor do primeiro. Foi diretor de empresas comerciais. Membro do IHGAL, colaborou em sua revista e, posteriormente, foi escolhido patrono da cadeira 20 da instituição. Um dos fundadores da AAL, sendo o primeiro ocupante da cadeira 37. Sócio honorário da AML. Membro da Comissão Alagoana de Folclore. Pseudônimo: Paulo de Santarém e Z. Foi um dos primeiros divulgadores do Esperanto. Obras: Esperanto – Portuga – Vortaro, 1908; Orações Acadêmicas de Paulino Santiago e Djalma Mendonça. Sessão Solene do Instituto Histórico de Alagoas em 7 de Setembro de 1955. Posse do Consórcio Djalma Mendonça na Cadeira do Dr. Artur Acioli Lopes Ferreira, Maceió, 1955; Estudos da Etimologia Alagoana, Maceió: EDUFAL, 1980; Presença do Vovô Índio, (O Tupi na Toponímia de Maceió), Maceió: Série de Estudos Alagoanos, Caderno n.º 6, DEC., Imprensa Oficial, 1961; Dinâmica de Uma Linguagem: O Falar de Alagoas, Maceió: UFAL, 1976, prefácio de Carlos Moliterno e atualização gramatical de José Casado da Silva; Temas e Processos do Cancioneiro de Alagoas, Imprensa Oficial do Estado do Amazonas, 1972 (póstuma); Jogos e Brinquedos da Minha Infância, Separata do Boletim da Comissão de Folclore, Maceió, 1951; As Novas Recepções do Instituto, Discurso do Sr. Paulino Santiago, Revista do IAGA, v.13, ano 56, 1928, Maceió: Livraria Machado, p. 43-62; Do Nosso Vocabulário Popular, Simplificação Ortográfica da Língua Portuguesa, Revista do IHGAL, v. 17, 1933, ano 60, Maceió: [s/d] p. 62-84; Último, Revista da AAL, n. 13 p. 212 (Antologia do Soneto Alagoano). Colaboração na imprensa: Jornal de Alagoas,Gazeta de Alagoase revistas Perseverança e Mocidade, muitas vezes com artigos divulgando o Esperanto. Secretariou a revista Evolucionista.Deixou, sem terminar, Crônica de um Caixeiro-Vassoura.
Fonte: Livro ABC das Alagoas / Autor: Francisco Reynaldo Amorim de Barros
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.