Ruas de Maceió

Informações

Tipo Logradouro: AV.
Nome Logradouro: Gov. Fernandes Lima
Bairro: Farol / Pitanguinha / Pinheiro/ Gruta
Lei Municipal: 955 - 16/07/1963
Lei Municipal: 955 - 16/07/1963

História

José Fernandes de Barros Lima      

(Passo de Camaragibe AL 21/8/1868 - Maceió AL 16/5/1938) Governador, vice-governador, senador federal, deputado federal, deputado estadual, jornalista, advogado. Filho de Manoel José de Lima e Constantina Acioli de Barros Lima. Estuda em Maceió no Ginásio Bom Jesus e no Liceu Alagoano. Forma-se em Direito pela Faculdade do Recife (1893). Propagandista da República, publica no Recife, em 1888, um folheto preconizando a mudança do regime, e é um dos fundadores do Clube Republicano Acadêmico. Colaborou, nessa época, na revista O Norte, órgão republicano, além dos jornais Arrebol, Movimento e Norte de Alagoas. Iniciou sua carreira política ao ser escolhido membro do Primeiro Conselho Municipal de Camaragibe e, depois, eleito intendente (1892/93) e, finalmente, eleito para o Conselho Municipal (1894/95) da mesma cidade. Deputado estadual na legislatura 1893-94. Antes, contudo, em 1892, havia sido eleito para ocupar a vaga efetivada com a morte de Ambrósio Lira , mas não toma posse. Voltaria à Assembléia Estadual na legislatura 1917/18, quando foi eleito seu presidente De volta a seu estado natal, passou a exercer a advocacia em Camaragibe. Elegendo-se deputado federal, entre maio de 1894 e dezembro de 1896 ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados. Em sua atuação na política de Alagoas, destacou-se pela oposição à oligarquia dominante, chefiada por Euclides Malta, que governou o estado de 1900 a 1902 e de 1907 a 1912. Intensificou sua ação ao assumir, em junho de 1911, a direção do jornal oposicionista Correio de Maceió, órgão oficial do Partido Democrata de Alagoas. Nesse mesmo ano candidatou-se ao cargo de vice-governador na chapa daquele partido, encabeçada pelo coronel Clodoaldo da Fonseca. Essa candidatura foi favorecida pela nova orientação do governo federal, que passou a promover a intervenção em alguns estados, inclusive o afastamento de seus governadores, no que ficou conhecido como "política das salvações". Em virtude das manifestações contrárias a seu governo, Euclides Malta passou a reprimir a oposição, que se organizou e lutou contra as forças estaduais levando o governador à renúncia. O resultado das eleições, realizadas em junho de 1912, deu a vitória aos candidatos do Partido Democrata, que tomaram posse no mês seguinte. Substituiu interinamente o governador de janeiro a abril de 1915. Em março de 1918 foi eleito governador, assumindo a 12 de junho. Reeleito em 1921, permaneceu no exercício do governo até 12 de junho de 1924. Contra a tese - defendida desde o governo de José Bento da Cunha Figueiredo - de que o desenvolvimento deveria ser feito da capital para o interior, lançou o slogan Rumo aos Campos, buscando interiorizar sua ação administrativa. Para tanto, cuidou da abertura de certa de 400 kms. de rodovias, cortando o interior Ainda em 1924 foi eleito para o Senado Federal, onde exerceu o mandato até que a Revolução de Outubro de 1930 suprimiu os órgãos legislativos do país. Com a promulgação da nova Carta em julho de 1934, foi eleito no pleito de outubro desse ano deputado federal. Assumiu seu mandato em maio de 1935 e permaneceu na Câmara dos Deputados até novembro de 1937. Lutou pela abolição dos escravos, tendo pertencido à Sociedade Libertadora Alagoana. Foi membro fundador da AAL, sendo o primeiro ocupante da cadeira 6. Sócio do IHGA, tendo colaborado na revista dessa instituição. Obras.: Tiradentes -Poemeto Realista, Maceió, Tip. de Mello Rocha, 1884; Cartas de um Democrata, Maceió, Revista do Norte, 1888. Política de Alagoas - Sugestões Para Organização de um Partido em Alagoas congregando todos os elementos em Oposição naquele Estado; A Sucessão Governamental no Estado de Alagoas em 1924. Discurso do Governador Fernandes de Barros Lima, que a 12 de junho deixou o cargo pela terminação de seu mandato e do Governador Pedro da Costa Rego, que lhe sucedeu, proferidos no banquete oferecido no Palácio do Governo, na noite de 8 de Junho, Maceió; Estado de Alagoas - Sua Administração e Sua Política - O Estouro da Boiada Alagoana. O Senador Fernandes Lima, ex-Governador de Alagoas, Tendo nas Mãos Provas Irrefutáveis Denunciou ao País, da Tribuna do Senado, que o Atual Governador d.Aquele Estado, Sr. Pedro da Costa Rego, Quando Deputado Federal e .Leader. da Bancada Alagoana, Falsificou Documentos e Abusou de um Mandato que Lhe Foi Outorgado, Para Fraudar os Cofres da União, Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1927; Ação Para Divisão do Engenho .Ilha Vitório. promovido pelo Bel. José Fernandes de Barros Lima. Contra Manoel Francisco Salgueiro. Alegações d.Uma e d.Outra Parte na 1ª Instância, Maceió, Tip. Oriental, 1900, Efemérides do Município de Camaragibe. Elementos para Sua História e Crônica, ( Publicação feita no Evolucionista, em 1903, sob o pseudônimo Camile Desmoulins de que usava o Dr. Fernandes Lima), Revista do IHGA, v. XVII, ano 1933-1934, p. 38-61. Mensagem enviada pelo Exmo.Dr. José Fernandes de Barros Lima, Governador de Alagoas, ao Congresso Legislativo desse Estado, Instalada a segunda sessão Ordinária da 15a. Legislatura, em Abril de 1920; Mensagem Apresentada e Lida ao Congresso Legislativo de Alagoas pelo Governador do Estado, Dr. José Fernandes de Barros Lima, ao ser Solenemente Instalada a 21 de abril de 1922 a 2a. Sessão Ordinária da 16a, Legislatura do Mesmo Congresso, Maceió, Imprensa Oficial, 1922; Mensagem Apresentada e Lida ao Congresso Legislativo de Alagoas, pelo Governador do Estado, Dr. José Fernandes de Barros Lima, ao ser Solenemente Instalada a 21 de Abril de 1924 a 2a Sessão Ordinária da 16a Legislatura do Mesmo Congresso, Maceió, Imprensa Oficial, 1924.

Fonte: Livro ABC das Alagoas - Autor: Francisco Reynaldo Amorim de Barros

 

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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