Ruas de Maceió

Informações

Tipo Logradouro: Conjunto
Nome Logradouro: José Tenório
Bairro: Serraria

História

 

José Tenório de Albuquerque Lins, Nasceu em Atalaia no dia 05 de novembro de 1905. Filho de João Evangelista da Costa Tenório e Anna da Costa Tenório. Casa-se primeiro com D. Elita Tenório Maia e depois com Dona Maria Thereza de Melo Tenório em 1928. Teve seis  filhos. Recebeu o Título de Major. Era agricultor, chegando a ser prefeito de Atalaia por dois mandatos 1951 a 1955 e deputado estadual.

"Tenho muitas lembranças doces do Major José Tenório. As recordações mais fortes são as do avô carinhoso, me contando histórias de uma coruja e seus filhotes que ela considerava os mais belos do mundo. Mas quando escrevi O Major - Eterno é o Espírito é que realmente o conheci, todas as facetas de um homem forte, corajoso, muitas vezes rude, mas com o coração maior que o Universo. Entendo certas atitudes mais rígidas dele como necessárias ao contexto em que viveu, e sem querer perdoá-lo pelos erros cometidos, acredito que ele tentava muito acertar e o que é o ser humano a não ser essas escolhas, certas, erradas, mas com a intenção de crescer e ajudar os outros a encontrar seus caminhos nessa vida?
 
O Major era um homem simples. Não teve quase nenhuma escolaridade, mas procurava sempre aprender. Lia muito, conversava com os jovens e o que mais impressiona é o seu espírito aberto para o novo em um homem com tão pouca instrução. E isto é o que mais precisamos resgatar nos dias de hoje: a coragem para buscar nossos sonhos, arregaçar as mangas e tentar colocá-los em prática, o respeito pelo próximo, mantendo sempre a dignidade, o incentivo aos valores de família, solidariedade. E o eterno olhar de quem vê um pouco mais adiante..."
Depoimento de Patrícia Tenório, neta do Major

"José Tenório de Albuquerque Lins fez história como empreendedor e marcou presença também na política alagoana. Mais conhecido como Major Zé Tenório, soube tornar-se um dos poucos vitoriosos na fase final da sofrida transição dos engenhos de açúcar para as usinas em Alagoas, e deixou as bases para a expansão e diversificação empresariais sob o comando de seus descendentes, cujas realizações e investimentos já ultrapassaram, em muito, os limites alagoanos.

A história e as aventuras deste empreendedor de origem simples, distanciado das raízes nobiliárquicas convertidas em mitos da elite açucareira nordestina.

O epíteto Major pode ser entendido também como uma “patente pacífica” na interpretação alagoana da hierarquia herdada dos tempos da Guarda Nacional, quando os potentados adquiriam suas dragonas em função de suas posses, pretensões políticas e capacidade de arregimentar homens em armas. Coronel era o topo de linha nessa escala de valores. Daí, até tempos contemporâneos, o “coronel” sobrevive como designação de um ser autoritário, senhor da ordem em uma determinada comunidade, e chefe de jagunços. Os “majores”, pelo menos em Alagoas, designavam – até tempos recentes – o dono da autoridade e senhor da ordem em determinado local, mas sem dispor de homens em armas.

A arma mais temida usada pelo Major Zé Tenório era a palmatória. Confeccionada em madeira de lei, era aplicada pessoalmente pelo Major, para casos especiais, em moradores e em seus próprios filhos homens. "

Faleceu em 14 de dezembro de 1978 em Recife - Pernambuco.

Fonte: Ênio Lins - Jornal Gazeta de Alagoas.

 

 

 

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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