Ruas de Maceió

Informações

Tipo Logradouro: Ladeira
Nome Logradouro: do Brito
Bairro: Centro
Lei Municipal: 4069 - 29/10/1991 Observação - ANTIGA LADEIRA CLODOALDO DA FONSECA
Lei Municipal: 4069 - 29/10/1991
Observação: ANTIGA LADEIRA CLODOALDO DA FONSECA

História

Num artigo publicado no suplemento literário do Jornal de Alagoas, de 02 de julho de 1961, Di Gonzaguez (Dr.  Luiz Gonzaga Silveira de Carvalho) descreveu a ladeira nos primeiros anos deste século: "A ladeira era muito estreita, cheia' de valetas quase profundas e o terreno de topografia bastante acidentada.  Quando chovia então era mesmo que se andar por cima de sabão vermelho, derrapando aqui e ali, e algumas ruas da cidade eram invadidas por água sanguínea em cadatupa que arrastava blocos de barro vermelho, que muito afeiava a cidade".  Sobre a Ladeira do Brito lê-se no livro "Traços e troças - Crônica Vermelha - Leitura quente", editado em 1899, nesta Capital, de Pedro Nolasco Maciei: "Subia pela Ladeira do Brito, hoje quase toda povoada e calçada.  Antigamente era al í um terrível gruta onde encontrou-se, em 1876, o cadáver do tesoureiro da Fazenda, Dr. Muniz, tendo ainda na mão direita o revólver com que se suicidara, todo vestido de preto, os bolsos cheios de araçá de veado.  Este acontecimento deu lugar a muitos comentários e todos eles precisavam de fundamento".  Segundo informações prestadas por sua neta, sra.  Aizira de Brito Mata, residente em Viçosa, neste Estado, Luiz de Brito, súdito lusitano, recém-casado, chegou a esta Capital nos meados do século passado para tentar fortuna com pau brasil, para o que adquiriu matas em Cabeça de Porco, no então município de Imperatriz, hoje União dos Palmares.  Foi o maior ou dos maiores exportadores de madeira da então província.  Residia na rua Imperatriz (Rua João Pessoa dos nossos dias ou Rua do Sol), esquina com a ladeira que tomaria seu nome, ladeira que ele mandou abrir ou melhorar.  Parte do morro passou a ser chamado o Alto do Brito.  No prédio aludido nasceram seus filhos José Mariano, pai da informante, Ambrosina e Sinharinha.  Outra filha, Amada, a mais velha, teve diversos filhos, todos desaparecidos, entre eles, Augusto, que foi empregado do Comendador Álvaro da Silva Peixoto; Luiza, que se consorciou com o Sr.  Júlio Souza (conhecido como Júlio Balduíno, que explorava a Loja Turquesa de tecidos e retalhos, na rua Sã e Albuquerque, em Jaraguá) e pela morte do esposo dirigiu a sua, dele, casa comercial; Júlia, casada com o Dr. Alfredo Alves de Sousa Lobo, que foi Juiz de Direito em União dos Palmares e em Porto Calvo.  A casa da Rua do Sol,foi, depois, da morte do Sr.  Brito, alugada por sua filha Sinharinha par a o Hotel Nova Cintra, que funcionava noutro prédio vizinho, o qual pertence, hoje, aos herdeiros de José Simons Troncoso.  Hoje, Avenida Clodoaldo da Fonseca. 

Fontes:
Livro: Memorias de Minha Rua - Felix Lima Junior
Site: da Camara Municial de Maceió 

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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