Localizada no bairro do Poço, teve como seu primeiro nome "PRAÇA SENHOR DO BONFIM". O bairro sempre foi residencial, particularmente, a Praça. Ali nas festas do Senhor do Bonfim no mês de dezembro entre as inúmeras atrações constava: o Pastoril organizado pelo Pe. João e a comunidade do Poço. Havia também Jogos Infantis, Firos, Barracas, Parques etc. A Igreja antes Capela foi construída no século passado no ano de 1883, em terreno doado pela família Calaça. Sua Arquitetura era mais primitiva, e sua 1ª restauração se deu em fins do século passado. Em frente a sua porta, no centro da Praça erguia-se o Cruzeiro que era costume da época. Hoje a Praça se reveste em reformas e a Igreja com novas formas reflete as manhãs e as tardes com seu telhado em alumínio de forma circular.
Apesar do progresso ainda residem naquela área as famílias: Hermann Voss, Raul Cardoso, Aragão, José Américo (Farmacêutico), entre outras. A Praça se encontra descaracterizada, mas ainda conserva intacto, o Busto da homenageada "DONA CONSTANÇA DE GOIS MONTEIRO", com os seguintes dizeres gravado no seu pedestal. "Homenagem de São Luiz do Quitunde". Inauguração: 16 de setembro de 1949. Homenagem do Povo Alagoano.
Foi restaurada no governo de Divaldo Suruagy e do Prefeito José Bandeira (falecido), em 09 de 1984. (A placa se encontra em estado de abandono). Ainda na base há este registro em Grifo:
"Mãe: As ruinas do amor posso ve-las: sou agora pequeno em teu seio e as tuas rugas brilham como estrelas".
Silvestre Péricles, novembro 1946. Homenagem do Sr. Silvestre Péricles a sua mãe D. Constança de Góis Monteiro.
Ao redor da Praça existe o Colégio Cenecista Crispiniano Portal, Ginásio da SED, antiga Rodoviária, Agência PRODUBAN, com isso comprova que o bairro cresceu comercialmente.
Podemos citar ainda o Cinema PLAZA de propriedade da família VOSS como o Centro de Encontros dos Jovens e Adultos que procuravam aquela sala de lazer em suas Soirês. Família Voss: Descendente de Estrangeiros Alemães, Sr. Hermann Voss nasceu no bairro do Poço. na Rua Comendador Calaça na data de 18/01/1912. Cresceu em Maceió, casou-se e teve vários filhos A sua preferência pela cinematografia o levou a vários encontros com o Sr. Moacir Miranda, ex-proprietário do ex Cinema Lux que o incentivou a construir o Cinema Plaza. Ali naquela área onde ainda hoje se encontra o Cinema, foi área pertencente ao Bom-Pastor e por incrível que pareça naquela área ia ser construída, uma Fábrica de Celulose (Papel) pertencente ao Sr. Voss. E é nesse instante que ele em palestra com o Sr. Moacir mudou de idéia e construiu o Cine Plaza. O Cinema demorou dois anos para ser construído e sua inauguração se deu na década de 50. O seu primeiro filme foi: "SIN-BAD O MARUJO". A partir daquela data Maceió tinha ganho mais uma Sala de Espetáculos para fazer concorrência as demais salas de Maceió. Como no Cinema de outros bairros, havia os pequenos comerciantes de GIBIS que chegavam muito antes da abertura do Cinema para negociar entre trocas e vendas seus artistas preferidos como: O ZORRO, TARZAN, BUFA-LO BILL, entre outros. Assistiam ao filme e esperavam a nova tarde de Domingo.
NOTA: Ao ressaltar as Praças de Maceió, num trabalho do Sr. José Bilu, hoje prestamos uma homenagem a um dos percussores das salas de espetáculos de Maceió pelo seu trabalho duradouro em manter o Cinema de sua propriedade numa época de apreciação de TV e da evasão dos frequentadores pela falta de um salário digno. O Sr. Voss será sempre lembrado pelos que fazem arte nesse Estado assim como os seus familiares que herdaram dele não só a vontade de manter a sala mas a de através do trabalha manter seu nome e concluir através do tempo a aproximação, a integração e o englobamento de toda energia que se funde no tempo mas nunca no esquecimento. Sr. Hermann Voss faleceu a 26 de abril de 1992.
Texto: José Bilú da Silva Filho Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.
Publicado do Diário Oficial, sábado 10 de dezembro de 1994
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.