Pesquisa e texto: José Bilú da Silva Filho Foto: José Ademir
Antiga Praça da Redenção, conforme contrato firmado em 25 de agosto de 1892, entre o governo do Estado, na época Dr. Gabino de Araújo Besouro e a Cia. Promotora de Industrias e Melhora para serviço de bondes.
A praça localiza-se no centro com saídas para a orla marítima e para o comércio. Ao seu redor, funcionava o Liceu de Artes e Ofícios (colégio), cujo prédio soma-se desaparecido, a garagem dos Bondes e Oficinas de Construção de Carros no bonito prédio da C.F.L.N.B. (Companhia Força e Luz Nordeste do Brasil) também substituído pela Reitoria da Ufal, e hoje em seu lugar abriga o Espaço Cultural pertencente a Ufal. tudo isso sem esquecer do Tribunal Regional Eleitoral com o seu prédio totalmente modernizado.
A praça nos moldes antigos possuía em seu centro, um coreto para as sessões musicais aos domingos e feriados, jardins com inúmeras iluminarias e plantas das mais variadas famílias, estátuas como a de Mercúrio em bronze que teve seu lugar na praça no centro do comércio e hoje se resguarda em uma sala, da Associação Comercial.
Há também na praça um monumento em homenagem ao Visconde de Sinimbu que ainda hoje permanece na praça. João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu (Visconde de Sinimbu), nasceu em São Miguel dos Campos, em 20 de novembro de 1812, presidiu a Província de Alagoas, foi Deputado Geral Diplomata e Presidente do Conselho de Ministros. Formou-se pela Faculdade de Direito do Recife e faleceu em 21 de dezembro de 1906.
Na restauração da década de 60, a praça sofreu algumas modificações como por exemplo: Os bancos tomaram novas formas, lugares, ficou famosa a piscina com o Joãozinho urinando e um mural com aspectos Econômico da nossa terra. No lugar onde muito antiga corria o Salgadinho mais tarde tornou-se um campo de Aéro-Modelismo e a Ponte dos Fonseca sobre o Salgadinho, quase não se vê. Se falarmos em famílias veremos que parte de nossa sociedade residiu naquelas, imediações. Exemplo: Arnon de Mello, Simões, Gomes Ribeiro.
Publicado no Diário Oficial do Estado (suplemento) - em 23 de agosto de 1994
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.