Ruas de Maceió

Informações

Tipo Logradouro: Rua
Nome Logradouro: Araújo Bivar
Bairro: Pajuçara / Ponta da Terra
Antigo Beco do Ariel e da Baiana / Divide os bairros Pajuçara e Ponta da Terra

História

Por: Etevaldo Amorim

Manoel Alves d’Araújo Bivar era filho de Américo Alves d’Araújo Bivar e Ritta Martins (Rita Leopoldina de Bivar). Nasceu no dia 15 de novembro de 1885 e foi batizado em 11 de julho de 1886, na Catedral de Maceió.

O poeta Araújo Bivar

Não foi fácil identificar os seus dados biográficos em virtude do aparecimento de mais de um “Manoel Bivar”. Mas, ele próprio o distingue dos outros quando, em protesto publicado no jornal Evolucionista, contra O Malho, pelo fato de aquela revista ter ridicularizado um poema supostamente de sua autoria, esclarece que havia em Maceió mais duas pessoas com nome semelhante: Manoel Souto Bivar (telegrafista), Manoel Costa Bivar (jornalista e deputado), e ele, Manoel d’Araújo Bivar.

Fez seus cursos de Preparatórios em Maceió, onde ainda residia em 1907, compondo a Diretoria da Sociedade Caritativa Mortuária Auxiliadora dos Cristãos. Participou ainda da Sociedade Literária Dias Cabral e da Escola Literária Cyridião Durval, do Lyceu Alagoano, bem como da Sociedade Literária Aristeu de Andrade.

Com vinte e seis anos, já residindo no Rio de Janeiro, casou-se, a 20 de julho de 1912, com a Srtª Maria Jacome de Araújo Maia (filha de Antônio Jácome de Araújo e Joanna Jácome de Araújo), viúva de Álvaro Maia e irmã do poeta Gonçalo Jacome (este funcionário dos Correios).

Em 1913, participava do Club Waldemar, atuando em saraus e recitando Remembrança, conto romano em verso e, por volta de 1920, participava dos eventos do programa “Brasil Falado”, promovido pelo Club Endiabrados de Ramos. Em 1921, publica o livro de poemas Exomologese. Foi Secretário da Revista A Crítica e colaborou para o hebdomadário Ilustração Moderna.

Em 1922, ele, que era praticante de condutor de trem, foi efetivado na Estrada de Ferro Central do Brasil.

Em 1923, compôs, com Jayme de Vasconcellos, a valsa Retraída, interpretada pelo seu colega de Central do Brasil, Noé Abalo. Nesse mesmo ano, em 28 de novembro, proferiu Conferência na Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, discorrendo sobre o tema “A música, a dança e a poesia”.

A 4 de outubro de 1924, profere Conferência, na Associação Cristã Feminina, sob o tema “Música, Dança e Poesia”.

A mesma revista, na edição de 6 de dezembro daquele ano, publica uma caricatura sua, feita por um dos mais reconhecidos desenhistas da imprensa brasileira: o seu amigo ÁLVARUS, como o próprio Álvaro Cotrin (Rio de Janeiro: 1904-1985) o define em sua dedicatória.

Acometido por doença cardíaca, Araújo Bivar faleceu a 5 de julho de 1925, às 20:35 h, na residência do seu médico e amigo Dr. Emygdio de Barros, na Rua Dias da Cruz, nº 229, no Rio de Janeiro. Foi sepultado às 17:00 h, no Cemitério de Inhaúma.

Noticiando a sua morte, a revista Ilustração Moderna assim o definiu: “Poeta dos mais vibrantes, sentia-se nos seus versos as várias metamorfoses épicas e líricas, vibrava-se; havia um induzível arrebatamento ao lê-lo. Morreu como morrem os artistas: heroicamente humilde.”

Em justa homenagem, foi dado o seu nome a uma importante via pública de Maceió, no bairro da Pajuçara, ligando as ruas Dr. Zeferino Rodrigues à Almirante Mascarenhas.

Fonte: site https://www.historiadealagoas.com.br

Publicado originalmente no Blog do Etevaldo - http://blogdoetevaldo.blogspot.com

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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