Vindo de Recife, António Baltazar de Mendonça veio a ser político, advogado e jornalista, tornando-se popular em Alagoas, pelas ardentes causas que abraçava. Como dizia o escritor Romeu de Avelar no livro "Figuras da Terra", ninguém da sua geração sabia como ele veio para Maceió. Sem família tradicional, sem fortuna, ele viveu por meio século na tumultuosa política alagoana, sem desejar sobrepor-se aos políticos da terra.
Jornalista obscuro no início, logo tornou-se diretor de jornal e combatente advogado, procurador da República, Deputado Estadual e Presidente da Assembléia, Baltazar de Mendonça foi prefeito de Maceió de 14 de outubro de 1930 a 06 de janeiro de 1933. Numa conturbada fase da política no Estado, ele esteve preso, ao lado de Silvestre Péricles, Romeu de Avelar e outros.
Num período administrativo pouco estável, Baltazar de Mendonça assumiu a edilidade com o governo revolucionário de 1930. Sua administração caracterizou-se pêlos serviços de calçamento nas ruas Nova, Alegria, Apoio, Siqueira Campos, Augusta, Floresta, Aurora, Praça do Montepio, Ladeiras, Ambrósio Lira, Bandeirantes, Samuel Lins e Santa Terezinha.
Fonte: Livro Prefeitos de Maceió
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.