Ruas de Maceió

Informações

Tipo Logradouro: Rua
Nome Logradouro: Guilherme Rogato
Bairro: Jacintinho
CONJ.COHAB JACINTINHO CASTELO BRANCO

História

Aportando na ponte de desembarque de Jaraguá, com a finalidade de promover uma Exposição Fotográfica em Maceió, pisou Guilherme Rogato pela primeira vez o solo alagoano no ano de 1918. A exposição ocorreu nos primeiros dias de janeiro do ano seguinte, mas foi um ato designador àquele toque em nossa terra. Pois, foi como se houvesse um intento dos deuses — a força de Netuno, quem sabe, após a longa viagem por seus domínios marinhos. Maceió, até então pequenina e pacata, banhada por belas águas, seduzia o jovem visitante como uma bela Yara.
Se não foram os deuses, porventura as ocultas e misteriosas forças do destino atuando sobre o jovem visitante. Ou talvez, chi lo sa, o espírito indômito de um imigrante sonhador, que deixa sua terra em busca de outra à cata de um novo ancoradouro que dê a segura guarida ao seu barco de sonhos. Pois, é preciso registrar que nas veias de Guilherme Rogato corria o sangue latino e italiano de uma brava família desabridamente lutadora, que, como tantas, partiram da terra peninsular em busca de um novo mundo.
Rogato, menino de doze anos, viveu fortemente esta marcante experiência da emigração no começo da década, quando seus pais, vindos da Itália, desembarcaram no Porto de Santos, almejando uma nova vida, na data de 16 de setembro de 1910. Por uma dessas coincidências que só o cinema sabe ajustar, a data da chegada dos Rogato ao Brasil é a justa combinação com a data da emancipação política de Alagoas. As forças do destino histórico também jogaram seus lances e cartas sobre o audaz viajante.

Guilherme Rogato nasceu em San Marco Argentano, na região de Conssenza, na Itália, no dia 07 de dezembro de 1898. seus pais foram: José (Guiseppe) Rogato e Filomenta Ponte Rogato. O jovem Guilherme Rogato casou-se com uma descendente de italianos, Maria Rosa Greco. O casamento foi em Cambuci, São Paulo. Rogato  teve duas filhas: Ada Rogato, pioneira da aviação no Brasil e Flávia Rogato, conceituada médica maceioense.
Foi através de uma pequena e muito importante publicação de 27 páginas, o opúsculo "Subsídios à Historia da Cinematografia em Alagoas", de autoria do professor e folclorista José Maria Tenório Rocha, editado pelo extinto Departamento de Assuntos Culturais (DAC), da Secretaria de Educação e Cultura, em 1974, que pela primeira vez Guilherme Rogato ganhou a" condição de elemento de estudo. Muito antes, foi citado no livro de Alex Vianny, "Introdução ao Cinema Brasileiro", publicado em 1959 pelo Instituto Nacional do Livro. Vianny, pesquisador e cineasta brasileiro, citou Rogato e o seu filme "Casamento é Negócio?"
José Maria Tenório Rocha, professor da Universidade Federal de Alagoas, foi muito feliz no primeiro parágrafo de seu valioso trabalho quando escreveu: "A história da cinematografia em Alagoas é a própria história de Guilherme Rogato e sua vida nesse Estado."

Fonte: Livro, "Rogato, A Aventura do Sonho das Imagens em Alagoas" por Elinaldo Barros  

 

 

 

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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