Cícero Teixeira de Vasconcelos: nasceu em Bananal em 08.06.1892. Ordenou-se sacerdote no Seminário de Maceió. Foi professor no Seminário, nos colégios Marista, S. Sacramento, no Liceu Alagoano e, em 1936 foi residir no Rio de Janeiro e lá na antiga capital da República foi professor do colégio Maria Right. No final da década de trinta voltou a Maceió e deu início à construção da Matriz de Santa Rita, no Farol. Fundou a Escola Nossa Senhora do Amparo, antiga Escola Doméstica. Foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia, hoje ligada ao CESMAC. Foi também um dos fundadores do Ginásio de Maceió. Era membro da Academia de Letras de Alagoas e do Instituto Histórico. Fundou o Museu de Arte Sacra de Maceió. Candidatou-se a senador e foi eleito com a maior votação do Estado (1945 - 1954). Exerceu o mandato, sendo um dos parlamentares mais atuantes, principalmente na área de Educação. Ao terminar seu mandato voltou a residir em Maceió. Em 1967, seu sobrinho Clóvis submeteu-se a uma cirurgia no Rio de Janeiro e Mons. Cícero foi acompanhá-lo. Na Cidade Maravilhosa Mons. Cícero foi acometido por complicações cardíacas e cerebrais, vindo então a falecer (26.07.1967). Seu sepultamento ocorreu no Cemitério de São João Batista, em Botafogo.
Alguns anos depois, seus sobrinhos Antônio Pinheiro e Daniel Vasconcelos trouxeram seus restos mortais para o mausoléu da família, no cemitério de Viçosa.
No dia 8 de junho de 1992, data de seu centenário de nascimento, houve uma cerimônia cívico-religiosa no Bananal, que constou de missa na Capela do povoado, seguida do descerramento de uma placa
na casa em que nasceu, hoje residência de Ilca Pimentel, sua prima. O nonagenário Antônio Teixeira, o mais velho representante da família, muito emocionado proferiu palavras de agradecimentos. Falou também, na ocasião, o Dr. Severino Florêncio, sobrinho do homenageado. Em seguida, foram todos para o Clube Social onde, em sessão solene, foi lido, por José Márcio, um trecho do livro “O Bananal dos Meus Avós”. Logo após, José Celso fez uma explanação sobre o “Bananal de Hoje”. Foi oferecido, ainda, um coquetel aos presentes. Cícero Teixeira de Vasconcelos publicou em 16 de setembro de 1964, “O Bananal dos Meus Avós”, obra que fala da sua família.
Colaboração: Celso Passos
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.