Ponta Verde

Informações

Área: 1.38 Km²

População fonte IBGE: 24.402 hab. Censo de 2010

Quantidade de logradouros: 49

Região Administrativa: 3

Crédito fotos: José Ademir

Mapa do bairro para download: Clique aqui

História

Pesquisa e Texto: José Ademir M. dos Anjos  Fonte: Livro Maceió de Outrora

O bairro nobre da "Cidade Sorriso" 

 
Considerada um dos cartões postais de Maceió, a praia de Ponta Verde era conhecida antigamente como a Praia das Acanhadas por que era procurada pelas tímidas jovens da sociedade que queriam se banhar sem serem vistas e a Ponta Verde era cheia de imensos coqueiros. O nome atual foi herdado do Sítio Ponta Verde, que ficou conhecido em todo o Brasil por causa de um coqueiro de aparência inusitada - parecido com um pescoço de uma ema – o até hoje famoso "Gogó da Ema", embora não exista mais, marcou época como símbolo turístico das Alagoas.  Hoje a Ponta Verde é um dos bairros mais movimentados e de melhor infra-estrutura de Maceió, caracterizado por reunir os melhores restaurantes e hotéis do litoral alagoano, além dos edifícios mais luxuosos da orla.

Uma Ponta de terra adentrando o verde mar.

Do acidente geográfico, surgiu o nome Ponta Verde; ponta vem de terra que avança pelo Oceano Atlântico, e o verde devido a imensa quantidade de matagal e coqueiros que existiam no local.Por volta da década de 40, os garotos se arriscavam por aqueles caminhos que eram cercados por inúmeros coqueiros, segundo o relato do senhor Miguel Vassalo Filho, historiador que mora no bairro da Ponta Verde e estuda a origem das ruas de Maceió. Ele conta que isso ocorreu entre as décadas de 40 e 50 e que eram feitas excursões, que partiam do ponto onde está o AIC (Alagoas Iate Clube), até a Lagoa da Anta, onde encontramos hoje o hotel Jatiuca.

O empresário Mauro Vasconcelos, conta que alguns anos mais tarde, o sítio foi comprado por seu avô, o senhor Álvaro Otacílio de Vasconcelos (nome da principal avenida da Ponta Verde que fica a beira mar).A área do bairro permaneceu em forma de sítio, aproximadamente, até a década de 1960 quando, então, começou a ser povoada, primeiramente, com a iniciativa do senhor Álvaro Vasconcelos de lotear a região; e, posteriormente , com o crescimento dos bairros de Pajuçara e Ponta da Terra, as pessoas foram povoando a região mais próxima desses bairros que é o atual bairro de Ponta Verde.

Ocupação e urbanização da Ponta Verde

É a partir  dos anos 60 que começa a ocorrer um processo de preparação para a expansão do povoamento da região, através dos loteamentos que influenciaram a efetiva ocupação deste bairro, no período posterior às décadas de 70 a 90.Até a década de 50, na Ponta Verde, as habitações que existiam ficavam lá para dentro da Ponta da Terra. Ali, muitas casinhas de chão batido, cobertas de sapé, redes e gente sonolenta observavam ao longe a ponta da terra que adentrava o mar verde esmeralda que, 20 anos mais tarde seria habitada pela gente rica da cidade, através dos loteamentos. Assim o loteamento Álvaro Otacílio foi registrado na Prefeitura de Maceió, em 17 de Outubro de 1953. Em sua planta original possuía 40 quadras e 649 lotes com dimensões prediais de 15 X 30 m.

O Turismo em Ponta Verde

Sendo o turismo a vocação natural de Alagoas, Maceió começou a ocupar um lugar de destaque na definição das metas Governo. Industria em expansão no mundo inteiro, até então livre de poluição e altamente eficaz na geração de emprego. Desta forma, o bairro da Ponta Verde começou a investir em hotéis de qualidade.   

Palco de eventos como o Maceió Fest, que agita anualmente a cidade. A avenida principal se transforma em uma imensa área de lazer, todos domingos, quando o trânsito é interrompido, proporcionando um final de semana diferente aos moradores e visitantes, sobretudo para as crianças que se divertem de patins, charretes, carrinhos infantis de todos os tipos. O calçadão tem uma pista para ciclistas, que acaba funcionando como pista de "cooper" e caminhadas.  É uma praia de mar manso e rodeada por muitos coqueiros, e na maré baixa formam-se piscinas naturais de água morna. Ponta Verde esta pronta para receber os turistas vindos de todas as partes do mundo!

O Gogó da Ema

Gogó da Ema era um coqueiro torto, existente no sítio do Chico Zu, na Ponta Verde. No inicio era completamente desconhecido. Quem Falava dele então ? Pouquíssimas pessoas. Sabe-se apenas que algumas pessoas desejosas de vê-lo, pulavam a cerca do sítio do Chico Zu (Francisco Venâncio Barbosa) arriscando-se às mordidas do cachorro que guardava a propriedade ou às chifradas de algum boi bravo que lá pastasse na ocasião.
      O mar avançou muito, derrubou outros coqueiros, fazendo com que se pudesse divisar o Gogó, da praia ou do mar, quando se passava ou tomava banho. E ei-lo que se torna, pouco a pouco, falado cantado, adquirindo até celebridade internacional. Turistas ou passageiros, ao desembarcar, indagava logo onde fica o Gogó da Ema.
Em 1930, bem perto do local, perfuraram vários poços à busca de petróleo. O mar avançou mais, pondo em perigo a famosa palmeira. Para ela foi reclamada proteção, havendo a Gazeta de Alagoas, em reportagem intitulada "Os assassinos do Gogo da Ema", denunciando o perigo. A Prefeitura mandou protegê-lo com um muro de alvenaria de tijolos e uma traves de madeira, o que não bastou para garanti-lo.
      Apesar das advertências do público e dos jornais, no dia 27 de julho de 1955, às 14:20 horas, ele caiu aos poucos, devagarzinho. Imediatamente, pessoas de estavam nas proximidades cortavam as palhas e colheram os frutos. De tudo foi testemunha ocular o trabalhador  José Dias de Oliveira.

     O acontecimento foi comentado em toda Maceió. Segundo consta, a causa de o coqueiro ter ficado aleijado fora haver o seu tronco sido perfurado por um besouro, pequeno.
    Tentando salvá-lo, reergueram o coqueiro em 29 daquele mês. Enquanto um guindaste o levantava, populares que presenciava a tentativa de ressurreição batiam palmas e davam vivas entusiásticos. No dia seguinte os jornais circularam com numerosas fotografias.
      Deve-se ao jornalista Carivaldo Brandão a iniciativa de reerguer o coqueiro. Os agrônomos Jesus Geraldo e Olavo Machado examinaram a possibilidade de salvá-lo.      
Gazeta de Alagoas registra melancolicamente: 
      "Vão morrendo, desaparecendo, uma a uma, as coisas tradicionais desta terra: o Grande Ponto(?), o Relógio Oficial (no coração do Comercio)... Agora, o Gogó famoso, do qual já se falava em todo o Brasil" .
      Na Ponta Verde, no local onde esteve o Gogó da Ema, foi aberta uma "praça" com seu nome (foto acima)

Limites do Bairro

Perímetro 5.721m

Ao norte com Jatiuca, ao sul com  Pajuçara e Oceano Atlântico, ao Leste com Oceano Atlântico e Oeste com Ponta da Terra e Poço.Projeto de Lei Nº 5.041 altera a lei 4.687/98, que dispõe sobre o perímetro urbano de Maceió e inclui o abairramento da zona urbana e dá outras providencias.

Lei municipal 4.952, de 6 de janeiro de 2000, define a descrição do perímetro do Bairro da Ponta Verde. Ponto inicial e final: Encontro da Rua Sarg. Alberto M. da Costa com Rua Deputado José Lages. Do ponto inicial segue pela Rua Dep. José Lages. Continua pela travessa Hélio Pradines até a Rua Prefeito Abdon Aroxelas prolongando-a até a margem do Oceano Atlântico, na praia da ponta verde. segue pela orla marítima ate encontrar o prolongamento  da rua Eng.º Demócrito Sarmento Barroca. Daí, percorre a rua Eng.º Demócrito Sarmento Barroca ate encontra a rua Engº Mario de Gusmão. segue pela mesma ate a rua José G. Pereira do Carmo. Dai segue até a rua Durval Guimarães. Segue por essa ate encontrar a Travessa Senador Firmino Vasconcelos. Continua pela mesma ate encontrar a rua Soldado Eduardo dos Santos. Dai segue pela mesma ate o ponto inicial, no seu encontro com a Rua Deputado José Lages. Publicado no Diário Oficial do Município - DOM, em 7 de janeiro de 2000.
 Infra-estrutura da Ponta Verde

A praia de Ponta Verde por estar localizada dentro da cidade de Maceió e oferecer uma das mais belas paisagens da cidade é uma das mais procuradas praias pelos turistas e moradores da cidade. Cheia de bares à beira mar, aos fins-de- semana transforma-se num formigueiro de gente que vem aproveitar os dias de folga para passar o dia. Com um mar ora azul da cor do céu ora verde que deslumbra até mesmo turistas brasileiros já habituados as belezas naturais do País.Apesar de ser mais conhecida como "O Paraíso das Aguas", Maceió não é só praia e sol. Mas qualquer visita a essa cidade tem que começar obrigatoriamente pelas suas belas praias que estão entre as melhores do país.

  

Hotel Ponta Verde 

Combinação perfeita entre localização privilegiada, hospitalidade e conforto...  

 

Em Maceió uma das mais belas praias é a da Ponta Verde, de cor verde esmeralda, cercada por coqueirais e por pequenas piscinas naturais formadas pelos  recifes de corais . As jangadas ao mar com suas velas ao vento e o  clima tropical  durante todo ano  é um ótimo convite para quem procura sol e deseja viver  momentos de alegria e prazer .  Nesse cenário de cartão postal está localizado o Hotel Ponta Verde, no coração da cidade de Maceió.

Hotel Ponta Verde é um hotel moderno que segue as atuais tendências da arquitetura.  O bom gosto e  a praticidade estão presentes  em cada detalhe, visando proporcionar o máximo de conforto e um excelente atendimento . Como a primeira impressão é realmente a que fica, a recepção do hotel garante  logo na entrada   a satisfação  do hóspede ao recepcioná-los num  grande lobby com sala de estar,  ar-condicionado central, mesas para jogos, lobby bar com internet  (Wi-Fi) e TV de plasma, rodeado por lojas de serviço e boutique.  As obras de arte da alagoana Rosa Piatti e as flores tropicais deixam o ambiente mais bonito, e harmonioso.

O Hotel Ponta Verde possui 203 apartamentos, entre suítes, apartamentos frente-mar, lateral-mar e standard. Todos são equipados com ar-condicionado, tv em cores  com canais  por assinatura, painel de controle na cabeceira, travesseiros de pluma de ganso, som ambiente,  frigobar, acesso a discagem direta  nacional e internacional ,cofre individual, room service 24 horas, banheiro privativo , secador de cabelos, tomadas  110V  e 220V e acesso a internet sem fio .  Dispõe ainda de modernos apartamentos para executivos, com espaço reservado para reuniões,  business center com computador, impressora e  acesso a internet (Wi-Fi) .Estrategicamente localizadas, de frente para a praia de Ponta Verde, estão às piscinas para adultos e crianças, com amplo deck e serviço de bar.  Para os pais que  viajam com bebês o hotel oferece o conforto e a praticidade de uma cozinha destinada especialmente para o preparo de suas refeições, chamada carinhosamente de Baby Copa.

O Restaurante dos Corais com vista para a praia e decorado com belas obras de artistas plásticos alagoanos é mais um convite a boa gastronomia brasileira.  Diariamente o hóspede terá a sua disposição um serviço de buffet no jantar  e atendimento a la carte no almoço e no jantar , além do farto café da manhã, servido com a tradicional tapioca.
As sextas-feiras uma feijoada brasileira bem caprichada anuncia que o final de semana chegou e  que estamos todos liberados  para poder cometer o pecado da gula sem culpa. O aroma da feijoada se espalha por todo restaurante e é possível sentir o delicioso cheiro do feijão preto, torresmo, charque, paio, costelinha de porco e lingüiça 
Para quem prefere uma refeição leve e saborosa a melhor opção é o cardápio  “Sabor Saudável “ , com comidas de baixas calorias , especialmente elaborado pela nutricionista do hotel.

Os principais pontos turísticos de Maceió privilegiam ainda mais o Hotel Ponta Verde, que está localizado também próximo aos  melhores bares, restaurantes, bancos e feiras de artesanatos. Destaque também para os mais de 6 km de ciclovia e de calçadão, localizados em frente ao hotel, perfeitos para caminhadas. 

  • Elevador panorâmico com vista para o mar;
  • Restaurante especializado em cozinha regional e internacional, 
  • Lobby bar com internet e tv de plasma;
  • Lojas e locadora de veículos;
  • Business center;
  • Baby Copa;
  • Serviço de apartamento (room service) 24 horas;
  • Lavanderia e gerador;
  • Piscinas para adultos e crianças;
  • Centro de convenções com capacidade para 260 pessoas;
  • Garagem privativa (subsolo);
  • Sinal para acesso a internet wireless (Wi-Fi).

Fonte: site do hotel http://www.hotelpontaverde.com.br

 

 

Alagoas Iate Clube - O Alagoinha

AQUELE QUE NASCEU DO MAR

História 
Publicado na revista do Alagoas Iate Clube de janeiro/77 
Rita Palmares

 

           Em uma noite enluarada Netuno e Anfitrite já entediados da fauna marinha que seus olhos há milênios vislumbravam, confabularam de fazer surgir sobre as águas, algo diferente que os deslumbrassem, quebrando a monotonia reinante. 

           Como deuses mitológicos, porém a concretização de tão ousado sonho precisaria da cooperação das criaturas da terra. E esta não se fez esperar. Juntaram-se homens também sonhadores idealistas dinâmicos, e com a decisão e intrepidez de titãs, decidiram que o desejo dos deuses oceânicos seria atendido, e iniciaram a portentosa obra. 

           Os tímidos, os indecisos, não acreditavam no arrojo de tão majestoso empreendimento, e, a proporção que suas estruturas assomavam à flor das águas, não faltaram os maledicentes, os demolidores, os invejosos que prognosticavam um fracasso total. O grupo, porém, coeso, não esmoreceu. Enfrentou, por varias vezes, grandes procelas, obstáculos de todas as formas. E também não se deixou levar pelo canto tentador e enganador das sereias, fazendo-o tomar rumo diverso ao da rota iniciada. 
           E, persistindo em levar avante aquele sonho, viam lentamente, crescer, em forma de concha redonda, ligada à terra por um promontório artificial, os seus anseios de homens realizadores. 
           E eis que, afinal, vencendo tremendos óbices, tudo ficou pronto. E ao surgir de uma manhã ensolarada, quando o sol se espraiava sobre as águas tranqüilas da enseada de Ponta Verde, fazia também reluzir as  vidraças e metais que circundavam aquele pequeno anfiteatro onde iria se reunir a nata da sociedade alagoana para os torneios dançantes, as competições esportivas dos veleiros, enfim, um agradável ponto de reunião onde, ao murmúrio das ondas que ali se esboroam, poderiam saborear apetitosos pratos regionais em agradáveis refeições com seus familiares e amigos. Estava, portanto, construído o Palácio do Mar. Tudo era festa. Gaivotas alegres voejavam em seu derredor e peixinhos pulavam de contentes. 

           E, assim, nasceu aquele que foi batizado com o nome de ALAGOAS IATE CLUBE e, depois, carinhosamente “crismado” de “Alagoinha”, o filho caçula do sonho e desejo de Netuno e Anfitrite. Que depois passou a ser “a menina dos olhos” dos irmãos Costa – Luiz e Paulo – e “afilhado” querido de José Padilha Queiroz e dos demais membros de sua Diretoria. 

           Embalado em berço de algas sobre as águas mansas do mar de Ponta Verde, lá, onde tudo é verde, os coqueiros, a cor do oceano, junto ao da esperança de te ver crescer cada vez mais belo, tornando-te mais suntuoso, confortável e acolhedor para orgulho e satisfação dos teus idealizadores e dos filhos desta terra das belas praias!

 

Serviços 

 
  • Parque aquático com piscinas para adulto e crianças, de água salgada;
  • Departamento Náutico - Vela e Motor (com garagem para barcos);
  • Quadra Poli esportiva;
  • Escolinha de Vela;
  • Salão Vip com Telão e sistema de transmissão Sky;
  • Salão de festas e áreas para Lazer;
  • Aulas de Ginástica Rítmica;
  • Aulas de Hidroginástica e Natação;
  • Estúdio Kaiua para aulas de dança de salão;
  • Restaurante Panorâmico;
  • Pontos exclusivos para pescaria.

Adendo: Alagoinhas é "demolido"  LEIA AQUI 

 

 

 

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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