S.O.S: OS SONS DA MÃE TERRA
Lançamento do CD Mãe Terra, na Casa da Palavra, marca a primeira fase de um projeto homônimo, de defesa do meio ambiente.
Benedito Pontes. Engenheiro civil, ex-diretor do Centro de Ciências Exatas e Naturais da UFAL, cidadão do mundo que tomou para si uma missão nada fácil: o engajamento na “luta para salvar o Planeta Azul”, como ele mesmo define o projeto Mãe Terra, cuja primeira unidade será apresentada nesta quinta-feira, dia 29 de novembro, às 19h30, na Casa da Palavra, com o lançamento do CD homônimo.
Aos 68 anos, o até então professor aposentado, resolve materializar idéias que lhe rondavam há tempos, esperando a coragem para se lançar ao que considera uma das maiores descobertas de sua vida: a estréia como compositor e intérprete. O disco reúne 15 faixas, todas compostas por Benedito Pontes e interpretadas por diversos artistas, digamos, “cooptados” para a mesma causa. Zé Mocó, Cláudia Silva, Paulo Damasceno, Lucas Paranhos, Dinha Soares, Jair & Jailson, Sandro Barros, Mariana e o próprio Benedito emprestaram suas vozes para fazer valer apelos como o que se destaca em Verde Mar: “até quando assistir/a essa aberração/ a fome e a miséria / existirem bem ao lado / de tanta alimentação...”. 0u no lirismo dos versos de Na Concha da Mão: “Não pude trazer o azul do mar/ na concha da mão”.
Mas nem só de música vive o Mãe Terra. Idealizado pelo próprio Benedito Pontes e coordenado pela produtora cultural e pianista baiana, Oriêta Vilma Feijó de Melo, o projeto reflete a preocupação do ex-professor da área de Exatas com a contínua agressão a que a natureza vem sendo submetida, mas, também, com a possibilidade de contribuir, efetivamente, para minimizar esse quadro.
Inconformado com o avanço de fenômenos como o aquecimento global – “decorrente da destruição da camada de ozônio, provocada pela desenfreada e consciente emissão de gás carbônico, monóxido de carbono, metano e óxido nítrico” – e suas desastrosas conseqüências e com a gravidade de problemas como a poluição de diversos ecossistemas, desertificação de diferentes regiões do planeta e progressiva devastação das florestas, “o engenheiro cobrou o definitivo engajamento do cidadão”.
E assim, Benedito Pontes trouxe à luz o Mãe Terra, uma espécie de brigada em defesa do planeta, segundo ele, “na perspectiva de entregá-lo vivo às futuras gerações”. Para o autor do projeto, não se trata apenas de elaborar mais um discurso ou uma tese sobre a questão, o objetivo é desenvolver um trabalho de conscientização com diferentes segmentos da sociedade. “É fundamental que cada um ofereça sua própria contribuição nesse processo, do contrário, não se poderá falar em esperança de sobrevivência para esse belo e querido planeta terra”. Pontes destaca, nessa competência, a colaboração da educadora ambiental Isabel Cristina de Moura Carvalho, da Universidade Luterano do Brasil, no Rio Grande do Sul que, apresenta, em seus estudos, o que chama de formação do “sujeito ecológico”.
Entre as estratégias para movimentar os públicos que escolheu como alvo do projeto estão a utilização de ritmos populares na concepção do CD – “facilitando a assimilação da mensagem por um número considerável de pessoas, militantes potenciais dessa luta” –; a elaboração de um plano para divulgação de mensagens pela internet; realização de palestras na Rede Pública de Ensino; elaboração de vasto material de propaganda e difusão; realização de eventos artísticos; oferecimento de cursos de treinamento para professores; e a promoção de ações interdisciplinares nas escolas. “Quero fazer do Mãe Terra a minha pequena parte do esforço que deve ser empreendido para garantir a vida no planeta, juntando-me àqueles que ainda acreditam no surgimento de novos paradigmas para as relações entre os povos e a natureza”, finaliza Pontes.
SERVIÇO:
Evento: lançamento do CD Mãe Terra, integrante do projeto Mãe Terra
Onde: Casa da Palavra
Quando: dia 29 de novembro, às 19h30
Programação: apresentação do CD / coquetel
Mais informações: Assessoria de Comunicação – 9317-7313 (Gal Monteiro)
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.