O guitarrista Toni Augusto e o percussionista Wilson Miranda realizam show instrumental, nesta sexta-feira, no “Mandala Cultural”. O projeto inicia às 20h, com o DJ, ou melhor, IJ (o “I” de “Ideas”) Abutre, apresentando um som lounge de bossa nova, jazz, MPB e até salsa. Em seguida, a guitarra melodiosa de Toni Augusto fazendo contraponto à percussão suingada de Miranda.
“Vamos fazer um show parecido com o que fiz no ‘Misa Acústico’ [projeto musical da Secretaria de Estado da Cultura], sem aquela parte eletrônica”, diz Augusto. “Vai ter de tudo: forró, xote e uma linha de jazz. Talvez a gente arrisque cantar alguma coisa”, promete o guitarrista, avisando que fará um som bem “relax”. “É um lance pra gente curtir, entrar no clima da casa.”
Nascido em Alagoas, mas com uma bagagem de 16 anos tocando com feras da música baiana – entre elas, Daniela Mercury e Banda Mel –, Toni Augusto retornou a Maceió há apenas três anos. “A gente tem uma visão pejorativa da música baiana, da axé music, mas lá eu tocava com todo tipo de artista, assim como faço aqui”, diz o guitarrista, que tem acompanhado a cantora Cris Braun em seus shows em Maceió e em outras capitais do Nordeste e atua, como músico e produtor, na banda de Junior Almeida.
“Em Salvador, eu fazia muita música alternativa. Para você ter uma idéia, em pleno Carnaval, o pessoal de lá realiza um grande festival de rock’n’roll”, diz Augusto, que, é claro, também tem um pé no rock. “Meu negócio não é muito jazz não. O primeiro disco que eu comprei foi de Freddie King, que tocava blues.” O músico, de 46 anos, diz que aprendeu a tocar violão com a sua avó, Elisa. “Eu tinha 12 anos”, lembra, relacionando músicos que o influenciaram: “Eu ouvi muito George Benson, John Scofield, Scott Henderson e, não posso deixar de mencionar, o Armandinho”.
Por conta dessas influências, Augusto diz que sua música é “fusion”. E promete um CD solo para este ano. “Eu tenho vários projetos musicais, mas é aquele negócio: casa de ferreiro, espeto de pau. Mas está saindo. Estou preparando esse disco solo, mas vou fazendo com calma. É um trabalho instrumental, que pode até ter uma voz, mas trabalhando essa voz como instrumento, sabe, nada de letra”, informa o guitarrista, que, também, participará do novo álbum de Cris Braun. (JB/ foto: Divulgação)
Assessoria de imprensa
Jorge Barboza
(82) 8802 8202
(82) 9315 2449
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.