Escolas de Samba
Escolas de Maceió fizeram bonito no corredor da folia. Dentro da proposta da Prefeitura de Maceió, pelo resgate da cultura local, valorizando os artistas locais e as manifestações culturais da terra, centenas de pessoas prestigiaram, na noite do sábado, em Jaraguá, o desfile das escolas de samba Gaviões da Pajuçara e Girassol.
Apesar de os desfiles não terem valido título, os componentes das duas agremiações não economizaram animação, irreverência e alegria. A primeira a desfilar foi a Girassol, que levou 350 componentes. Com o tema “Viva a Terra de Alagoas”, a escola fez uma homenagem aos 190 anos do Estado. As alegorias e fantasias retratavam a cultura da cana-de-açúcar, do algodão, do fumo, assim como as manifestações culturais de Alagoas. Alagoanos ilustres como Graciliano Ramos, Paulo Gracindo e Zagallo também foram homenageados.
Com o tema “Netinho mensageiro da ilusão”, a Gaviões da Pajuçara, que desfilou com cerca de 400 integrantes, distribuídos em 16 alas, homenageou seu fundador. O desfile foi prestigiado com a participação de 70 italianos.
Além dos desfiles, os foliões tiveram a oportunidade de assistir a outros espetáculos da cultura afro, como capoeira, coco-de-roda, além de outros folguedos do projeto Pólo Afro Mãe Netinha.
Bumba-meu-boi
Milhares de pessoas lotaram as arquibancadas do estacionamento de Jaraguá na noite de segunda-feira para assistir à apresentação dos grupos de bumba-meu-boi, um dos folguedos que mais evoluíram nos últimos anos em Alagoas. Nem a forte chuva e a falta de energia esfriaram o ânimo da multidão.
O prefeito Cícero Almeida esteve presente à abertura do evento. Ele afirmou que a Prefeitura cedeu toda a estrutura para a realização do concurso e que todos os bois receberam ajuda. A verba foi repassada à Fundação Municipal de Ação Cultural, responsável pela aplicação do dinheiro. Segundo Almeida, o objetivo da Prefeitura é realizar no próximo ano um carnaval ainda melhor.
Os vencedores da categoria mirim foram os bois Vingador (5º lugar), Demolidor (4º), Safári (3º) e Jaguar (2º). O grande campeão foi o boi Diamante, que receberá R$ 1.200. Os bois adultos, que disputaram o concurso no fim de semana que antecedeu o carnaval, tiveram o resultado invalidado depois que integrantes do boi Jaraguá contestaram a decisão dos jurados e não se chegou a um consenso. Sem campeões, o concurso se transformou em festival e todos receberam troféus e R$ 400 pela participação. Participaram do concurso 18 bois mirins e 11 bois adultos.
Ao entrarem no circuito, a exuberância e a beleza das cores dos bois se uniram ao ritmo dos tambores e à ginga dos vaqueiros. Tradicionalmente apresentado em festas religiosas, principalmente no Natal, o bumba-meu-boi alagoano acabou migrando para o período carnavalesco.
Na terça-feira, último dia do Carnaval, a população pôde se divertir com o Bloco Tia Marcelina. A partir das 23h, a festa foi animada pelas apresentações da Orquestra de Frevo Carlos Gomes e Orquestra de Frevo Maestro Almir Medeiros, na Praça Marcílio Dias. Em Bebedouro, houve apresentações dos grupos musicais.
Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação (SECOM/Maceió)
Crédito das fotos: Yvette Moura e Drailton Diniz
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.