Museu Palácio Floriano Peixoto terá visitas também aos domingos.
O espaço está disponível para visitas agendadas e guiadas de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h, e a partir do próximo dia 12 será aberto aos sábados, domingos e feriados, das 13 às 17 h.
conteudo: Júnior de Melo / Credito das fotos: Thiago Sampaio / Fonte: Agencia Alagoas
Admiradores, turistas, estudantes e o público em geral agora terão a oportunidade de conhecer o rico acervo cultural do Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa) também aos domingos. O espaço, que está disponível para as visitas agendadas e guiadas de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h, a partir do próximo dia 12, será aberto aos sábados, domingos e feriados, das 13 às 17 horas.
O projeto de ter o espaço sempre acessível todos os dias já era uma reivindicação antiga do “trade” turístico alagoano, pois, nos domingos e feriados, geralmente as opções são voltadas tão somente para as praias e outros roteiros paralelos.
Para também garantir mais uma opção cultural, o Mupa abre no domingo para criar uma nova possibilidade para visitação. "Tínhamos um grande problema para esta iniciativa, que era a falta de uma equipe de trabalho. Mas já resolvemos e estamos sempre de portas abertas", ressaltou Fernando Lôbo, diretor do Mupa. No mês de setembro, em média, 1.560 pessoas prestigiaram o museu, fazendo assim uma média de 52 visitantes por dia. O diretor Fernando Lôbo diz que este número está dentro dos padrões da média nacional de visitação de museus deste porte.
"Tenho certeza que com a abertura do museu aos domingos vamos aumentar o número de visitantes. Nós ouvimos muitas reclamações de pessoas, na grande parte estudantes, que não têm tempo de vir durante a semana. Agora, este obstáculo acabou. São essas pessoas que irão elevar o número de visitantes", destaca. Uma equipe de nove profissionais, entre monitores e estagiários, realiza o trabalho de manutenção e acompanhamento dos visitantes. O circuito para uma visitação completa ao espaço cultural dura cerca de 30 minutos.
"Quando realizamos exposições temporárias, como é o caso agora dos 60 anos da Rádio Difusora, esse tempo aumenta um pouco", explica Fernando Lôbo. Um dos pontos principais do espaço, que é destacado pelo diretor, são as pinturas do artista alagoano Rosalvo Ribeiro. "Desde criança, Rosalvo demonstrou grande inclinação para pintura e artes, e com uma pensão paga pelo governo de Alagoas foi para a França estudar e se tornou um dos maiores pintores do Estado. São obras belíssimas do início do Século XX, e que só são encontradas aqui ou no Instituto Histórico de Alagoas", diz Fernando.
História — O Museu Palácio Floriano Peixoto fica situado à Praça Marechal Floriano Peixoto, no Centro de Maceió, e é parte integrante do conjunto arquitetônico dos Martírios, tombado pelo Patrimônio Estadual, através do Decreto Nº 38.309, de 09 de março de 2000, onde se concentram os edifícios da Fundação e Museu Pierre Chalita e da antiga Intendência Municipal, cognominada de Palácio das Águias, que, por suas linhas neogóticas, completam o sítio, com importantes destaques na vida sócio-política, religiosa e cultural do Estado.
Por conta da inauguração da nova sede do Governo do Estado, em março de 2006, ele foi fechado. Um ano depois, o local foi reaberto no modelo de museu, trazendo a oportunidade para que todos os alagoanos e visitantes pudessem conhecer um pouco da história do Estado. "Existe uma questão muito interessante que é a mística das pessoas em entrarem no palácio. De como é um palácio e as curiosidades que o prédio guarda", brinca Fernando.
O acervo do Mupa narra parte da história política, cultural e social da cidade de Maceió e de Alagoas. Ele é constituído basicamente do mobiliário dos séculos XIX e XX, prataria, cristais e objetos decorativos, de quadros dos pintores alagoanos, como os destacados Luis Silva, Miguel Torres, Lourenço Peixoto, e as magníficas telas do pintor alagoano nascido em Marechal Deodoro, Rosalvo Ribeiro, premiado em várias exposições no Brasil e na França e que, em número de 21, se encontram distribuídas nas suas diversas dependências.
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.