Noite de segunda-feira, 15 de dezembro. Para Alagoas, uma dataa importante. Marca a inauguração da Casa Jorge de Lima, uma iniciativa da Academia Alagoana de Letras (AAL). O espaço vai abrigar parte da obra e a história do poeta nascido em União dos Palmares. No evento, esteve presente uma platéia tão versátil quanto os trabalhos de Jorge de Lima (1893-1953). O momento foi de homenagem também a outro visionário, o Dr. Ib Gatto Falcão.
Os acadêmicos, anfitriões da festa, foram os primeiros a chegar. D. Fernando Iório, presidente da instituição, não continha a satisfação. “Essa é uma vitória da Academia. É a realização também do sonho de Dr. Ib Gatto. Ele queria muito que tudo isso fosse concretizado”, explicou.
A Casa Jorge de Lima foi doada à AAL pela Prefeitura de Maceió, em 2004. Foi Ib Gatto, presidente da instituição na época, que convenceu a então prefeita Kátia Born e os vereadores da transferência da posse. O prédio estava em ruínas e era preciso fazer dali um centro cultural. Para conseguir os recursos necessários, foi empreendida uma outra batalha.
“Eu moro em Brasília e acompanhei as idas e vindas de Dr. Ib Gatto ao Ministério da Cultura. A Casa Jorge de Lima é uma conquista dele. Tenho certeza que o espírito de Dr. Ib paira sobre a Casa. É uma pena que ele não possa estar conosco”, contou Franscisco Sales, presidente da Fundação Casa do Penedo. O acadêmico está com a saúde debilitada. Para representá-lo, veio a sua filha, Inalda Gatto Brêda. “Essa casa abandonada era uma preocupação de papai. Ele se incomodava e imaginava a criação desse espaço. Estou feliz com a concretização, mas lamento ele não estar presente”, disse.
Fonte: Primeira Edição e Gazetaweb
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.