O Viva Cultura tem o orgulho de trazer neste domingo, dia 04 de outubro, uma das divas de maior visibilidade no cenário musical brasileiro nos anos 60,70 e início dos anos 80, Telma Soares (Cordélia Leão). Descoberta por Baden Powell e Vinicius de Moraes, em São Paulo em 1962, a alagoana, de voz marcante e afinadíssima, brilhou na época no show Bossa, balanço & balada no Au Bon Gourmet, ao lado de Roberto Menescal e do bailarino americano Lennie Dale. Gravou três LPs, um deles o estupendo Telma canta Nelson Cavaquinho, de 1966, com participação do próprio e produção de Sérgio Porto, nunca lançado em CD. A cantora, já de volta à Maceió, lançou um cd independente nos anos 2000, Telma Soares canta Marcondes Costa, enfocando a obra do compositor alagoano que vai do Frevo ao Chorinho, que teve destaque na coluna de Tárik de Souza.
Sobre o Disco Joana Flor das Alagoas: Em agosto de 1982, enquanto aguardava as finalizações do novo álbum, Raimundo Fagner, continuou a trabalhar na produção de elepês em outras gravadoras. Para a RCA, principalmente, no disco ‘‘JOANA FLOR DAS ALAGOAS’’ (1982, No. 103.0518), da cantora Telma Soares (também conhecida por Cordélia Leão), ele fez alguns arranjos e as direções musical e de estúdio, além de participar como convidado nas faixas Revertério, de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, A Quem Interessar Possa (Mirabô, J. Newmanne e Bernardo da Silva) e Algodão, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. No álbum ainda estão a inédita Um Amor Que é Só Meu (uma parceria dele com Vinícius de Moraes) e a regravação de Mucuripe (Fagner e Belchior).
Foi de Fagner também a iniciativa e a produção de relançamento do álbum ‘‘Tema Soares Interpreta Nelson Cavaquinho’’ (CBS, 1979, No. 144.366) quando ainda era o mandachuva do selo Epic.
Em 1975 Telma correu o Brasil com o Projeto Pixinguinha, gravou um especial para a TV Globo junto com Vinicius de Moraes e em 1979 fez shows junto com Zé Ramalho e João do Vale. Nesta edição do Viva Cultura Telma pretende prestar homenagens à Baden Powell e João do Vale que foram figuras importantes em sua carreira, o evento acontece no Posto 7, às 18h, gratuito.
Estas são apenas algumas das histórias que povoam a trajetória desta grande cantora que já teve disco gravado nos Estados Unidos pela CBS e contra-capa escrita por Vinicius de Moraes, além disso trabalhou com nomes como Moacir Santos, Marcos Valle e Radamés Gnatale. Além de Telma Soares teremos nesta edição o grupo Canela Seca e a orquestra de Tambores de Alagoas.
Canela Seca: Canalizando os acontecimentos pessoais e coletivos do dia a dia e utilizando o som como forma de expressão a Banda Canela Seca & Os Buchos de Candunda, busca entoar através de suas músicas sonoridades armazenadas nos processadores orgânicos de cada elemento do grupo. Formada com o único propósito de tocar rock and roll, a banda tem como referências musicais grandes nomes do gênero bem como alguns nem tão conhecidos. Com personalidade própria fica claro em uma audição qual é a sua origem.
Contatos: arubass_mcz@hotmail.com ou canelasecabc@hotmail.com
Orquestra de Tambores de Alagoas: Percutir tambores repercutindo misturas. A Orquestra de Tambores de Alagoas é uma sintonia de ritmos, cores, timbres e sentimentos. Através de uma intensa pesquisa das raízes rítmicas afro-brasileiras e das manifestações folclóricas, o grupo apresenta um verdadeiro resgate de valores da cultura do nordeste do Brasil, integrado a fragmentos da música contemporânea e efeitos sonoros experimentais.
Desde 1989, o músico, artesão e coordenador da orquestra, Wilson Santos, vem pesquisando os ritmos afro-brasileiros. Porém, nos últimos dois anos, passou a direcionar suas pesquisas para a influência destes ritmos nas manifestações folclóricas nordestinas.
Dentro deste conconteudo, surgiu a Orquestra de Tambores de Alagoas, em novembro de 2004, a partir da união de percussionistas experientes e alunos das oficinas de percussão e confecção de instrumentos, ministradas por Wilson Santos.
Os instrumentos utilizados nas apresentações são confeccionados artesanalmente pelos próprios integrantes do grupo.
Além do resgate cultural, da pesquisa rítmica e musicalidade, o grupo objetiva formar multiplicadores do processo de ensino das técnicas percussivas e confecção de instrumentos artesanais.
A orquestra conta com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas e atualmente, participa do Programa BNB de Cultura.
Fonte: site da FMAC http://www.culturamaceio.org.br
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.