Maceió em Verso & Prosa

Pitanguinha

Foi nas ruas empoeiradas desse bairro que vi os primeiros filósofos: Clarion, Trem, Ciçaa Beba e Pé de Bombo, onde usavam a simplicidade da vida, farrapo o do momento, e tomavam a famosa jacuba, para denunciar uma sociedade hipócrita.

Foi la que conheci a sexóloga Terezinha, formada na universidade das esquinas, que ensinava os primeiros passos do bê-á-bá do sexo aos meninos no motel das estrelas (famosa manguba).

Foi entre o som do Aliado e Barreirense que vi surgir Djavan.

Foi em carnavais passados que enveredei no bloco Pitanguinha vai à Lua, comandado pelo cabo Marcos, na Praia da Avenida, onde defendi com orgulho essa agremiação carnavalesca.

Foi nesse bairro, onde a lua cheia nasce da grota, que fiz amigos-irmãos, que ainda hoje mantenho laços fortes de amizades.
 
Ah! Pitanguinha, quantas saudades! Saudades que coloquei neste poema.

Extraido do livro: O jardineiro  das Nuvens

 

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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