Notícia

Por, Bairros de Maceió - 24/12/2006

BEBEDOURO - Mantém tradição das festas de Natal na praça

Há 90 anos, povo se reúne na Lucena Maranhão na época natalina 
  
Por: Valdete Calheiros - Tribuna de Alagoas  

É Natal! Junto às comemorações pelo nascimento de Jesus ressurgem as esperanças de dias melhores e de mais paz nos corações dos homens. A data representa também a união de parentes ou de pessoas que se gostam, mas que devido aos compromissos diários, se afastam durante os demais dias do ano.
A tradição de se reunir à mesa farta pode dar lugar às festas realizadas nas praças a céu aberto e com a presença de diversas pessoas muitas das quais, inclusive, estranhas que no final de dezembro se unem diante de um mesmo propósito: o de rogar por um mundo mais harmonioso.
As comemorações pelo Natal realizadas em praças públicas não são mais tão freqüentes quanto há algumas décadas, contudo ainda reúnem dezenas e até centenas de pessoas que chegam até a ver as primeiras horas do dia em frente à calçada de casa.
Em Maceió, uma das mais tradicionais e maiores comemorações natalinas é a realizada na Praça Lucena Maranhão, a principal e mais movimentada das praças do bairro de Bebedouro.
De 15 de dezembro a 2 de janeiro, o local recebe pessoas vindas do próprio bairro e das mais diversas direções da capital Maceió. Há 90 anos, a praça, onde está localizada a Paróquia de Santo Antônio de Pádua, é testemunha da alegria e da união de centenas de famílias que mesmo sendo convidadas para outros locais e tendo a oportunidade de viajar durante o período natalino não abrem mão de aproveitar a festa de Natal realizada no bairro.
A família de Eliege Ferreira dos Santos que mora no Tabuleiro do Martins, freqüenta a praça desde a época de menina. "Minha mãe mora em Bebedouro há 30 anos e antes disso já trazia a gente para passar as festas de final de ano aqui. Aprendi com ela que tradição também faz parte do Natal. Minha nora também aprendeu comigo a importância de a gente ter uma referência, de fincar os pés num lugar onde a gente se sinta bem. Meu neto de apenas 11 meses está aqui para passar o primeiro Natal fora da barriga, na Praça Lucena Maranhão. A praça também recebe a visita da juventude que vai se divertir e conferir de perto a história contada pelos seus pais e avós sobre o Natal comemorado em praça pública. Os estudantes Jacielle Santos de Freitas e Felipe Maia, ambos de 14 anos e a amiga deles Karla Nathana, 15 anos, aproveitam a época para bater papo e se divertir com as atrações natalinas.
"A gente rever os amigos, conversa e ainda assiste às apresentações das danças folclóricas que sempre acontecem aqui. Todos são conhecidos, não há violência e as nossas casas são perto da praça. Quando a turma quer ficar em casa, dá para curtir a festa do mesmo jeito, basta ficar olhando pela janela".

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Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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