Os 100 artesãos que trabalham no espaço Guerreiros de Maceió, ao lado do Memorial da República, no bairro do Jaraguá, estão preparando o terreno cedido pela Prefeitura, na Praça Sinimbu, para onde deverão se mudar nos próximos dias. Além do terreno, onde eles ficarão provisoriamente, até a definição de um espaço definitivo, a prefeitura também cedeu algumas máquinas para agilizar o trabalho de preparação da área.
Por determinação da Justiça Federal, em ação de reintegração de posse movida pela Secretaria do Patrimônio da União, eles estão sendo obrigados a deixar o espaço à beira-mar, onde estão instalados há cerca de quatro anos, depois que um incêndio destruiu o espaço Cheiro da Terra, onde eles trabalhavam.
A desocupação já deveria ter ocorrido, nas os artesãos alegam que precisam de tempo para adaptar o novo local à instalação da feirinha. Desde a semana passada, eles têm tocado obras de terraplenagem, preparação do piso, divisão dos espaços para a instalação das barracas, que estão sendo confeccionadas. De acordo com a Associação que representa os artesãos do Espaço Guerreiros, eles precisam de pelo menos 15 dias para confecção das barracas e divisórias e até agora têm contado com a sensibilidade da Justiça.
Os artesãos também estão tentado linhas de financiamento para cobrir as despesas inesperadas com a mudança, e estão buscando alternativas, junto à Prefeitura e agências de Turismo, para a passagem de ônibus de turistas no local, que fica próximo ao Museu Théo Brandão.
Fonte SECOM - Maceió
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.