A Secretaria Municipal de Habitação Popular e Saneamento (SMHPS) começou a desocupar a área onde estão os barracos da Favela de Jaraguá, cujos moradores foram transferidos para a Vila dos Pescadores. Apenas ficarão no local as casas das 38 famílias que continuam se recusando a sair da favela.
O secretário Nilton Nascimento informou que está sendo feito um levantamento para saber, com precisão, quantos barracos foram construídos recentemente. Para isso, os funcionários estão ouvindo a vizinhança para colher depoimentos que possam servir de testemunho. “Esse trabalho deve ser feito de forma paulatina para que todas as informações sejam colhidas corretamente”.
Paralelamente, a Secretaria de Habitação aguarda resposta do Ministério Público Federal (MPF) para saber quando poderá ser feita a reintegração de posse da área ocupada indevidamente. Nilton Nascimento explicou que já encaminhou pedido à Procuradoria Geral do Município, que, por sua vez, fará o trâmite no MPF.
A limpeza e a demolição dos barracos estão sendo feitos pela Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU). Em seguida, deverá ser executada a segunda etapa do projeto, que compreende a urbanização da área com a construção de equipamentos urbanos que darão sustentabilidade a essas famílias beneficiadas com o projeto, como local para secagem do pescado, bicicletário, oficinas de tecelagem de redes, lanchonete/restaurante, administração, fábrica de gelo, banheiros públicos, museu da pesca, loja de artesanato, além da construção de um mercado para a comercialização do pescado e mariscos e da associação dos pescadores. Todas essas realizações serão destinadas, exclusivamente, aos trabalhadores que atualmente vivem no local e desempenham atividades da pesca.
Fonte: SECOM Maceió / Crédito da foto: Wesley Menegari
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.