Aliança Liberal - AL
Prefeito nomeado pelo Interventor Federal
Nascido a 09 de maio de 1897, no município de São Miguel dos Campos, Álvaro Nogueira foi casado com dona Mariana de Magalhães Guedes Nogueira, com quem teve vários filhos. Seus pais eram Adalberto Guedes Nogueira e Ana Correia de Araújo Guedes Nogueira.
Deputado Constituinte em 1934, eleito com grande votação, Álvaro Guedes Nogueira assumiu a Prefeitura Municipal de Maceió a 28 de junho de 1935, nomeado pelo então Governador Osman Loureiro. Encontrou o Município com uma arrecadação em torno de mil e trezentos contos de réis. Racionalizando os métodos de fiscalização, deu maior eficiência ao aparelho arrecadador, evitando a evasão de rendas.
Com essa medida, ele aumentou a arrecadação municipal para mil e setecentos contos de réis, ou seja, 31% além da encontrada quando de sua posse, constituindo-se numa das ma is altas arrecadações até então registradas no Município, sem que tivesse havido aumento de impostos ou criação de novos tributos.
Esses resultados foram conseguidos com racionalização e melhoria dos métodos administrativos, destacando-se o depósito inflamável da Prefeitura, com que se obteve apreciável fonte de renda. Promoveu cortes na verba do pessoal, então numeroso devido à época política e que sobrecarregava a folha orçamentária da municipalidade.
Aproveitando o saldo resultante de suas habilidades técnicas. Álvaro Guedes Nogueira empregou o dinheiro público na construção de calçamentos e abertura de avenidas; construiu um Grupo Escolar com capacidade para 720 crianças e um parque infantil; inaugurou as obras do Porto de Jaraguá; criou uma maternidade-modelo, com capacidade suficiente para cem parturientes pobres, e o serviço de assistência à infância; iniciou a construção do Hospital de Pronto Socorro, que foi inaugurado na gestão de Eustáquio Gomes de Melo.
Guedes Nogueira deixou o Governo Municipal a 30 de dezembro de 1936, sendo substituído por Afonso da Rocha Lira, que exerceu o mandato até 11 de fevereiro de 1937.
"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.