Maceió em Verso & Prosa

Solidão em Pajuçara

Trago em mim fantasmas
Que me cercam de dia
E dias que me vestem de noites
E noites que se desnudam,
Lascivas e libidinosas,
Bailando num silêncio
De pausa na ópera,
Desde a sinfonia do amanhecer...

Pajuçara sem sol
E um mar cinza, cinza, cinza...

Meus olhos ardidos,
Vento nordeste
Embaçou meu sentir ...

Calo as palavras,
Nada digo...
Apenas vejo imprecisa
A paisagem que me olha,
Surda e quase muda,
Tateando minha solidão castrada,
Para que ninguém mais possa senti-la.

Copyright © 2007 By Dydha Lyra
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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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