Hino

Hino de Maceió

Letra: Carlos Moliterno
Música: Edilberto Trigueiros
                        
És, Maceió, altiva e majestosa.
Feliz nascente entre a lagoa e o mar
Ao lado da capela milagrosa
De um velho engenho pobre e secular.
 
Pelo trabalho e pelo esforço ingente
Como a bravura de teus filhos nobres
E debaixo de um sol glorioso e quente
Veio a riqueza dessas terras pobres.
 
A tua glória promana
Desses teus filhos audazes
Cujo alto valor se irmana
Aos dos heróis mais capazes.
 
Maceió, terra adorada!
Ó terra bela e altaneira!
Tua história é proclamada
Pela nação brasileira.
 
Tu tens paisagens, Maceió, famosas
Teu sol é quente e teu luar é claro
São tuas praias belas e formosas
De um tom de prata, deslumbrante e raro.
 
E desse alvorecer das madrugadas,
De Ponta Verde às curvas do Pontal,
Os coqueiros e as velas das jangadas
Dão-lhe um vigor de tela natural.
 
A tua glória promana
Desses teus filhos audazes
Cujo alto valor se irmana
Aos dos heróis mais capazes.
 
Maceió, terra adorada!
Ó terra bela e altaneira!
Tua história é proclamada
Pela nação brasileira.


O hino foi instituído o premio Cidade de Maceió, homologado pela lei 558 e publicado no Diário Oficial em 17 de outubro de 1957. 
Depoimento gravado  de Carlos Moliterno
em outubro de 1996  sobre o   hino de Maceió no centenário de Edilberto Trigueiros


Em outubro de 1996, telefonei para o poeta Carlos Moliterno, com a finalidade de conhecer a letra e música do hino de Maceió. Ele me disse " passe no dia 30 de outubro as 17:00 h. no Instituto Histórico e Geográfico, que vamos fazer uma homenagem ao centenário de Edilberto Trigueiros (autor da música), lá você conhece melhor".  Chegando lá, liguei o gravador, e o prof. José Maria Tenório fazia uma narrativa da vida e obra do músico Edilberto Trigueiros. "... em 1957 ele junto ao meu patrão Carlos Moliterno, compôs o hino de Maceió, e concorre com vários compositores (um total de 5) e é o vencedor. Tempos depois em 1990 o hino foi gravado " (*) Após a execução do hino, o prof. José Maria Tenório passa a palavra ao autor da letra, o poeta Carlos Moliterno:


" Prezados consórcios, eu quero apenas dar um depoimento. Trigueiros teve uma vida um pouco sem relógio, então a gente não tinha tempo para nada. Eu trabalhava o dia todo, ele não trabalhava, ficava difícil o encontro. Então esse danado desse hino foi composto de última hora. Já faltando um dia ou dois, ele me chamou e disse - Olha, você faça 2 décimas, 1 estribilho, só um verso decassílabo, as duas décimas e um estribilho com 7 sílabas. Bom... mas não me advertiu de que o verso decassílabo, tem duas maneiras de ser elaborada, ou você põe a tônica do verso na 7ª e na 10ª sílaba, ou põe a 4ª, 8ª e na 10ª. Então eu compus inadvertidamente com as duas modalidades. Quando chegou na hora de encaixar na música não entrava... entrava um verso e não entrava o outro, porque um estava de uma maneira e o outro de outra. Então aconteceu aquilo que se diz, com muita propriedade - é pior a emenda do que o soneto. Eu tive que refazer esse hino de última hora, e confesso que fiquei nervoso, porque eu tinha um prazo para entregar. Então não ficou como eu queria que ficasse. De modo quando leio a letra eu digo: - É, esta regular, não está bom, não é modesta, é o que sinto mesmo, obrigado". Carlos Moliterno

Em seguida, aplausos, e outras considerações a respeito da qualidade técnica na gravação da época.


(*) Ficha Técnica
Novembro de 1990 (Compacto simples)
Governo.......................................  Moacir Andrade
Sec. Comunicação Social.................  Rosivan Wanderlei de Almeida
Local...........................................  Conservatório de Musica de Sergipe
Mixagem.......................................  Maestro Rivaldo Dantas
Capa............................................  Lucineide Albuquerque
Produção......................................  Sistema Propaganda e Promoções - SPP


Nova versão gravado em dezembro de 2005 pela Câmara Municipal de Maceió

 

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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