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Por, Bairros de Maceió - 11/02/2020

TABULEIRO - Prefeitura viabiliza recuperação do monumento Pinto do Tabuleiro

O conhecido monumento Pinto do Tabuleiro foi, por décadas, um marco referencial no bairro Tabuleiro do Martins. Instalada nos anos 1960 nas margens da Avenida Durval de Góes Monteiro, a estrutura de concreto com cinco metros de altura era símbolo de uma extinta fábrica de ração animal e chamava a atenção de quem chegava ou saía da capital. Com o passar dos anos, o monumento foi retirado devido a problemas na estrutura e permaneceu, até pouco tempo, guardado. Em virtude do contexto histórico, a Prefeitura de Maceió buscou parcerias com a iniciativa privada para recuperá-lo. O Pinto do Tabuleiro volta, agora, ao seu local de origem, com reinauguração simbólica agendada para esta terça-feira (11) às 17 horas.
A recuperação do monumento foi viabilizada pela Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes). Coordenador do projeto, Fábio Palmeira explica que o trabalho teve início após a identificação da antiga estrutura e, a partir disso, foram captados os parceiros para o custeio do serviço. “Recebi uma foto de meu irmão que mostrava o antigo Pinto e tive a ideia de recuperar, já que foi, por muito anos, uma grande referência em Maceió. Fomos em busca dos parceiros e o projeto foi abraçado pela turma do bloco Pinto da Madrugada, da Edmundo Auto Peças e da Malta Madeiras, que arcaram com os custos”, explicou Palmeira, que é coordenador de Parques e Intervenções da Sudes.

Toda a estrutura de concreto foi revitalizada, o monumento recebeu nova pintura e uma base com proteção em madeira foi instalada para recebê-lo. A entrega do novo Pinto do Tabuleiro acontece hoje, na Avenida Durval de Góes Monteiro, ao lado da empresa Edmundo Auto Peças.

Histórico

O conhecido Pinto do Tabuleiro foi criado no início da década de 1960 pela Companhia Alagoana de Rações Balanceadas – Rações Carb S/A, uma empresa pioneira de ração animal em Alagoas que instalou o monumento em sua sede, nas margens da Avenida Durval de Góes Monteiro, no bairro Tabuleiro do Martins, como uma estratégia para marcar a identidade visual da empresa.

Devido à estrutura e simbologia, com cinco metros de altura, em concreto, o monumento se tornou um marco na capital alagoana. O que chamava a atenção de quem passava em frente à fábrica era o movimento da cabeça do pintinho para frente e para trás, continuamente, sinalizando que a empresa estava em funcionamento. Além da identificação visual, o monumento também se tornou um indicador de localização. Assim, as pessoas sabiam quando estavam chegando ou saindo de Maceió pela proximidade da empresa com o limite do município.

A Rações Carb permaneceu em funcionamento por cerca de trinta anos e, antes de encerrar suas atividades, passou toda a estrutura para uma nova empresa, a Rações Guabi, que chegava ao mercado alagoano para dominar o ramo da produção no segmento de nutrição animal. De imediato, em virtude do marco consolidado, os novos proprietários, na época, decidiram manter na sede o símbolo da extinta Carb. Entenderam, portanto, que o pintinho deveria ser restaurado, tinha carisma e isso seria essencial para a consolidação da nova empresa. Com o fim de inúmeras granjas no interior de Alagoas e a expansão da concorrência vinda de Minas Gerais e Pernambuco, a Rações Guabi fechou suas portas no final dos anos 1990.
Há quase vinte anos, na mesma região onde funcionaram a Carb e a Guabi, crescia no Tabuleiro a Edmundo Auto Peças, que ocupou a sede das antigas fábricas de rações. A empresa de peças automotivas manteve a estrutura do Pinto, sendo retirada e guardada após anos em decorrência de reformas no local. O monumento foi armazenado na sede da empresa e, por consequência,  foi se deteriorando com o passar do tempo.

Para recuperar a estrutura e história, que marcou gerações, a Prefeitura de Maceió firmou parceria com as empresas Edmundo Auto Peças, Malta Madeiras e o bloco carnavalesco Pinto da Madrugada, que juntos restauraram o Pinto do Tabuleiro. Agora, o monumento volta a compor a paisagem em seu local de origem não apenas como um marco referencial de localização, mas também como patrimônio da capital alagoana.

Fonte: Lucas Alcântara/ Ascom Sudes

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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