Ruas de Maceió

Informações

Tipo Logradouro: Praça
Nome Logradouro: Senador Arnon de Mello
Bairro: Pinheiro
Lei Municipal: 2607 - 10/08/1979 Observação - Final da Alameda Santo Antonio
Lei Municipal: 2607 - 10/08/1979
Observação: Final da Alameda Santo Antonio

História

Arnon Afonso de Farias Mello nasceu em 19 de setembro de 1911, no Engenho Cachoeirinha, de seus pais - Manuel Affonso Calheiros de Mello e Lúcia de Farias Mello. Foi o nono dos 11 filhos do casal, que tinha outro engenho, o Duas Bocas. Os dois, no atual município de Rio Largo, localizavam-se, nessa época, no território da então vila de Santa Luzia do Norte. Um dia, o pai deixou de ser o senhor de dois engenhos. Entusiasmado com a cotação do açúcar, que estava bastante alta no mercado internacional, resolveu mudar-se com a família para Maceió e aqui passou a formar grandes estoques. Com a Primeira Guerra Mundial, que eclodiu em 1914, proibiram a exportação para assegurar o abastecimento interno. Conseqüentemente, o açúcar de “seu” Manuel virou melaço no armazém. A fortuna estava acabada.

O menino de engenho, que seria o 14º governador eleito pelo povo alagoano, aos 39 anos de idade, sentiu que devia resistir a essas transformações que ele mesmo chamou de inevitabilidade do progresso. Atirou-se na luta pela sobrevivência. Novos desafios o aguardavam. Os primeiros meses na Capital do Estado foram de sacrifícios. A situação começou a melhorar quando, aos 14 anos, arranjou uma vaga de oficce-boy num dos armazéns do bairro de Jaraguá. Depois, o jornalista Luiz Magalhães da Silveira, fundador e diretor do Jornal de Alagoas, que circulava desde 31 de maio de 1908, conseguiu-lhe, ali, uma colocação como agenciador de assinaturas e, em seguida, o emprego de revisor.

Na Revisão, surgiu-lhe a primeira grande oportunidade de desenvolver a vocação para o jornalismo, que já demonstrara ao criar O Eco, jornalzinho estudantil feito à mão, quando era aluno interno do Ginásio de Maceió, antes de se transferir para o Diocesano, onde concluiu o curso secundário. Revisando, com apenas 15 anos, as produções jornalísticas e literárias de nomes como Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, entre outros que se projetavam nas letras, não tardaria a ser um deles.

Tornou-se repórter no mesmo Jornal de Alagoas e terminou sendo seu primeiro diretor-geral, em 1936, assim que este órgão de imprensa passou a pertencer à cadeia dos Diários Associados, de Assis Chateaubriand. Arnon ficou neste cargo até 1942, embora radicado, desde fevereiro de 1930, no Rio de Janeiro, onde se projetou nacionalmente com as grandes reportagens produzidas e divulgadas por meio dessa que foi a maior rede da área de comunicação de massa do País.

Também foi no Jornal de Alagoas que ele publicou seus primeiros poemas e começou a produzir críticas literárias. Redigiu seus primeiros trabalhos jornalísticos numa máquina de escrever emprestada do dono do Café AFA - como recorda o professor Ib Gatto Falcão, atual presidente da Academia Alagoana de Letras e um de seus maiores amigos.

Fonte: site http://www.oam.com.br/

 

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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