Ruas de Maceió

Informações

Tipo Logradouro: Rua
Nome Logradouro: Almirante Tamandaré
Bairro: Prado

História

Joaquim Marques Lisboa(1807-1897), militar brasileiro. Patrono da Marinha de Guerra do Brasil.

O nome do Almirante Tamandaré esteve sempre tão ligado aos empreendimentos navais brasileiros que sua história se confunde com a da própria Marinha, da qual tornou-se patrono.

Joaquim Marques Lisboa, o almirante Tamandaré, nasceu em Rio Grande RS em 13 de dezembro de 1807. Filho de um capitão de milícias, desde pequeno viajava, atento às manobras dos barcos e às práticas de navegação.
Depois de proclamada a independência, quando da organização da Marinha empreendida por D. Pedro I, alistou-se como voluntário e, aos 15 anos, embarcou como praticante de piloto na fragata Niterói, sob o comando do almirante João Taylor. Participou da luta contra o general Inácio Luís Madeira de Melo na Bahia e da perseguição da esquadra portuguesa até a foz do rio Tejo.

Ingressou na Academia dos Guardas-Marinhas, mas abandonou-a em 1824, com a deflagração, em Pernambuco, da revolução que precederia a Confederação do Equador, para participar dos combates sob o comando de Lord Cochrane. Retornou em seguida à Academia e logo depois, em 1826, graças à recomendação do almirante Taylor, foi efetivado como segundo-tenente e removido para as guerras do sul.

Deu novas demonstrações de coragem como quando, no comando da escuna Constança, foi aprisionado durante a malograda expedição à Patagônia, em 1827. Conseguiu escapar e, junto com os companheiros libertados, dominou a tripulação do barco argentino em que viajavam e o levou para Montevidéu, então sob jurisdição brasileira. Teve atuação destacada em todas as ações importantes da Marinha no plano interno, como o levante da setembrada, em 1831, e os motins do ano seguinte em prol da restauração de D. Pedro I, em Pernambuco; a cabanagem, em 1835-1836, no Pará; a sabinada, em 1837, na Bahia; a revolução farroupilha, em 1838, no Rio Grande do Sul. Essa última missão, contudo, não lhe agradava, por ser uma luta que envolvia conterrâneos seus. Solicitou e obteve exoneração, mas seu afastamento durou pouco: logo voltaria à atividade, em 1839, no comando da repressão à balaiada, no Maranhão, em colaboração com as forças terrestres do duque de Caxias.

Em 1840 já era capitão-de-fragata e, em 1847, capitão-de-mar-e-guerra. Em 1848 recebeu na Inglaterra a fragata D. Afonso, primeiro navio misto -- a vela e a vapor -- de grande porte da armada nacional. No comando desse navio, realizou duas importantes operações de salvamento: a dos passageiros de uma galera americana que se incendiara em Liverpool e o de uma nau portuguesa avariada por um tufão e ameaçada de naufrágio, no litoral do Rio de Janeiro. Tais feitos valeram-lhe o reconhecimento dos governos inglês, americano e português. Ao fazer escala em Recife PE, participou dos combates que puseram fim à revolução praieira.

Designado comandante da divisão naval do Rio da Prata em 1849, logo adoeceu e deixou o posto. Em 1852 foi nomeado capitão do porto do Rio de Janeiro; em 1854, inspetor do Arsenal de Marinha da corte e, no mesmo ano, foi promovido a chefe-de-esquadra. Chegou a vice-almirante em 1856.

Na visita de D. Pedro II às províncias do norte, em 1859, Joaquim Marques Lisboa comandou a esquadra que conduziu o imperador. No ano seguinte, D. Pedro II agraciou-o com o título de barão.
Comandante das forças navais do Prata em 1864, ordenou o bloqueio do rio Uruguai e ocupou os portos de Salto, no Uruguai, e Paissandu PR, de onde desceu para Montevidéu, então sob o poder do general Venâncio Flores, aliado do Brasil. Ao irromper a guerra da Tríplice Aliança, determinou o bloqueio do rio Paraguai. Assistiu, em companhia de D. Pedro II, à rendição de Uruguaiana em 1865. Comandou a vitoriosa esquadra brasileira em Riachuelo, batalha que, entre outras tantas memoráveis, lhe daria as maiores glórias.

Promovido a almirante em 1867, exonerou-se do comando da esquadra. Ao completar oitenta anos, recebeu o título de conde e, em 1888, o de marquês. Grande amigo de D. Pedro II, na proclamação da república entristeceu-se com a deposição do monarca, de quem foi despedir-se no caminho para o exílio. Dois meses depois pediu reforma, mas permaneceu no cargo de ministro do Supremo Tribunal Militar, do qual exonerou-se poucos dias antes de morrer, no Rio de Janeiro, em 20 de março de 1897. Foi posteriormente declarado patrono da Marinha. No dia de seu nascimento, 13 de dezembro, comemora-se o dia do marinheiro.

 

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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