Área: 0,81 Km²
População fonte IBGE: 4.166 hab. Censo 2010
Quantidade de logradouros: 55
Pesquisa e Texto: Jornalista Jair Barbosa Pimentel
Antiga estrada transforma sítio em uma área nobre
A antiga estrada das Mangabeiras, virou avenida, e a proliferação de ruas e becos transformou o local num dos mais importantes bairros de Maceió, com imponentes edifícios, modernas casas, um comércio em franca ascensão e o mais importante centro de lazer e consumo da cidade: o Shopping Center Iguatemi. É também sede da maior fábrica de beneficiamento de coco da América Latina: a Sococo Indústrias Alimentícias.
Espremido entre o morro do Jacintinho e o mar, o bairro de Mangabeiras originou-se de um imenso sítio, onde se plantava fruteiras, principalmente a mangaba, muito consumida pelos alagoanos. No início do atual século, construíram uma estrada em demanda ao litoral Norte, que há muito tempo recebeu asfalto. As antigas casas dos proprietários dos sítios, foram transformada em casas comercias e edifícios de apartamentos. Restaram os prédios antigos do Orfanato São Domingos e da Cruz Vermelha.
Toda a extensão da estrada das Mangabeiras, chama-se Avenida Gustavo Paiva, uma homenagem ao industrial que transformou a industria têxtil alagoana, dando exemplos de administrador moderno e eficiente, preocupado com o trabalhador, e fundando uma das mais importantes cidades do estado: Rio Largo.
É pela antiga estrada das Mangabeiras, que se tem acesso a um dos mais importantes santuários da cidade: o da Virgem dos Pobres, encravado numa elevação do morro, no sítio Betânia. Lá, a fé católica é preservada, levando centenas de fiéis ao morro, para rezar, pagar promessas e ter momentos de paz, lavar-se com água de uma fonte, e admirar a imagem da Virgem Maria, fixa num pedestal no alto da serra.
Virgem dos Pobres atrai fiéis ao alto da serra
O mais importante santuário de Maceió é o da Virgem dos Pobres, no alto de uma serra, no sítio Betânia, bairro de Mangabeiras, com acesso pela Avenida Gustavo Paiva. Lá num pedestal em meio a muitas pedras, está a imagem de Nossa Senhora Virgem dos Pobres, trazida no início da década de 80 da Bélgica. Placas, com agradecimentos por uma graça alcançada, fotografias de devotos, bilhetes e outras lembranças, são colocados nas proximidades da imagem.
A cada primeira Quarta-feira do mês, centenas de fiéis sobem o morro para assistir a missa, e pedir a Nossa Senhora muita paz no mundo. Existem aqueles fiéis que extrapolam nos pedidos, rogando pela volta do namorado, noivo ou marido; para que alguém deixe de beber, que o filho passe no vestibular, e tantos outros pedidos anotados e deixados lá.
A fé a Nossa Senhora Virgem dos Pobres não se restringe apenas ao morro de Mangabeiras.
Os fiéis colocam a imagem em locais distantes de Maceió, como no povoado Bananal, em Viçosa, onde ao lado da centenária capelinha, um pedestal emoldura a paisagem bucólica daquele engenho de açúcar.
O acesso ao morro onde se encontra a imagem da Virgem dos Pobres, é feito mais a pé, para se fazer um sacrifício e agradecer por uma graça alcançada ou pedir mais uma. Mas tem gente que prefere ir de carro, principalmente velhos e doentes. O acesso é pavimentado e do alto se descortina a beleza das praias de Jatiúca e Cruz das Almas.
Prédio do Orfanato é o mais antigo do bairro
O mais antigo prédio de Mangabeiras é o Orfanato São Domingos, que fica na Avenida Gustavo Paiva, já na divisa com Cruz das Almas. Com muito sacrifício e a ajuda da comunidade seus dirigentes mantêm dezenas de crianças naquele espaço de educação, trabalho e lazer.
Imponente e preservando toda a sua arquitetura original, o prédio chama a atenção de quem passa pela avenida.
Na vizinhança tudo era sítios de coqueiros até bem pouco tempo. Hoje, edifícios de apartamentos e ruas abertas em demanda a orla, abrigam verdadeiras mansões. A classe media optou pelo bairro, considerando seu fácil acesso a vários pontos da cidade.
Outro prédio antigo do bairro, é o que abriga a Cruz Vermelha, também de assistência de crianças órfãs. A entidade sobrevive também de doações, mantendo dezenas de meninos e meninas que recebem educação e ficam prontos para na idade adulta enfrentar o mercado de trabalho. O prédio tem uma arquitetura antiga e tem uma área ampla.
Facilidade de acesso faz crescer o comércio
Revendedoras de veículos, peças, material de construção e outras atividades comerciais, tomam conta de toda a extensão da Avenida Gustavo Paiva, que começa na Bomba da Marieta e atinge a Cruz das Almas, passando por toda a extensão do bairro de Mangabeiras, hoje, um dos mais desenvolvidos de Maceió. Já no final, em frente ao Orfanato São Domingos, os condôminos Vaticano e Praça da Sé, com edifícios de apartamentos, embelezam mais ainda a nova fase do bairro que se originou de um sítio de mangaba. Do alto do morro uma atração a parte: a mansão de PC Farias, que se constituía em programa cativo dos turistas nos tempos do Collorgate.
O intenso fluxo de veículos pela Gustavo Paiva, fez a Prefeitura abrir mais um acesso a avenida que liga o Shopping Iguatemi a Orla da Jatiúca. Desafogou mais o transito e valorizou mais o bairro. Novos edifícios foram e continuam sendo construídos. A facilidade de acesso à orla e ao Centro e Farol, permitem novos investimentos.
Além do Shopping Center Iguatemi, os moradores de Mangabeiras dispõem de mercadinhos, padarias, farmácias e outros estabelecimentos comercias. Surgiu ainda o Colégio Carlos Drummond, com primeiro e segundo graus. É um bairro completo e independente.
Publicado em O JORNAL, Maceió, domingo, 01 de setembro de 1996. Este texto é original como publicado na época
Lei municipal 4.952, de 06 dejaneiro de 2000 - Texto original do limite de Mangabeiras
Descrição do perímetro:
Do ponto inicial segue em direção à Praça Aloisio Branco (antiga "Bomba da Marieta"). Segue, incluindo a referida Praça, até a Avenida Comendador Calaça. Daí, continua até a Rua João P. dos Santos, antiga Trav. Comendador Calaça. Segue por esta última até o sopé das encostas da Barreira do Jacintinho, fletindo no sentido nordeste. Continua seguindo pelo sopé da encosta até atingir os fundos do imóvel s/n, km 3, da Av. Com. Gustavo Paiva (Posto de Combustível G. Maciel Ltda), na Avenida Governador Afrânio Lages. Daí, segue na direção oeste-noroeste, pelo sopé da encosta da Avenida Governador Afrânio Lages, até atingir o ponto do prolongamento da Rua B do Loteamento Jussara. Cruza a Avenida Governador Afrânio Lages e segue pela Rua B do Loteamento Jussara até a Rua Manoel Forte Fontana. Segue pela referida Rua, até atingir o limite lateral esquerdo do imóvel de n° 22, continuando por este limite até o sopé da encosta das barreiras situadas à nordeste da mesma. Continua, contornando o sopé das encostas até encontrar a Rua da Esperança, na Grota do Cigano. Cruza a Rua da Esperança e segue por trás do imóvel de n° 4111 da Avenida Com. Gustavo Paiva (estabelecimento Ornato Box), pelo sopé das encostas ali situadas. Segue pelo sopé das encostas até o ponto onde se inicia a Travessa São Domingos. Segue pela Travessa São Domingos até a Rua São Domingos. Daí, percorre a Rua São Domingos até a Avenida Comendador Gustavo Paiva. Cruza a mesma e segue pela Rua Padre Luiz Américo Galvão até a Av. Penedo. Daí segue em direção ao sul atravessando o sítio de coqueiros ali situado até atingir o muro das habitações ali existentes (prolongamento do muro do Parque Residencial Jatiúca). Em seguida, flete em direção a oeste seguindo a linha limítrofe das habitações ali situadas até atingir o limite do Conjunto Residencial Jardim Vaticano. Segue em direção ao sul pelo limite do Conjunto Residencial Jardim Vaticano até a rua que contorna o referido Conjunto Residencial (Rua em Projeto daquele conjunto). Segue pela mesma até a Rua João Lopes do Carmo. Percorre a Rua João Lopes do Carmo até atingir a Avenida João Davino. Segue pela mesma até a Rua João Vieira Chagas. Percorre toda a sua extensão até encontrar a Avenida Álvaro Calheiros. Segue pela mesma até a Avenida Dona Constância. Segue por esta até o ponto onde o canal do "Riacho do Sapo" incide diagonalmente nesta avenida. Continua pelo canal "Riacho do sapo" até o ponto inicial na ponte situada nas proximidades da "Bomba da Marieta".
Sococo - Um moderna fábrica no bairro
Texto: site da fabrica http://www.sococo.com.br em junho 2009
Fundada em 1966, em Maceió (AL), a Sococo já nasceu como a maior e mais moderna fábrica de derivados de coco do mundo. E daí tem evoluído.
Hoje, a Sococo distribui derivados de coco para todo Brasil e para o exterior, pesquisando e produzindo, com tecnologia de ponta, em unidades distribuídas pelos estados do Pará e Alagoas.
No estado do Pará, a empresa possui a maior fazenda de coco do Brasil, situada no município de Moju e no município de Ananindeua região da grande Belém de Pará funcionam modernas instalações fabris onde são processados os derivados do coco (água e fruto para fins alimentares e a casca como substrato agrícola).Maceió a fábrica que deu início a toda essa história continua na vanguarda. Na capital alagoana também está instalada a diretoria e a administração da empresa.Na unidade fabril de Maceió, o coco é transformado na mais completa linha de produtos a disposição do consumidor e de indústrias que utilizam os produtos Sococo em biscoitos, sorvetes, barrinhas de cereais, achocolatados e outros produtos alimentícios.
Totalmente automatizada, é hoje a maior e mais moderna fábrica de derivados de coco do mundo. Dispõe de 16.000m2 de área construída e 50.000m2 de área total, com capacidade de processamento de 280 mil cocos por dia (envasa 50 milhões de garrafinhas de leite de coco por ano), de onde são despachados os produtos Sococo para todo Brasil e para o exterior.
A fábrica da capital alagoana utiliza as matérias-primas já processadas no Pará e os frutos adquiridos na região Nordeste (manejando-os de modo idêntico ao realizado na unidade de Ananindeua e dá seqüência ao processo de industrialização, que inclui o envasamento dos produtos.
Cada etapa do processo é cuidadosamente acompanhada de perto pelo Departamento de Controle de Qualidade, garantindo para o consumidor um produto de sua inteira confiança.
MANGABEIRAS
Um sítio com várias plantações de árvores frutiferas
e uma velha estrada empoeirada, deu origem ao bairro.
Com a construção de uma estrada para o litorial norte,
o progresso se fez de forma voraz.
Hoje aquela estrada empoeira virou Avenida,
onde tudo passa por ela – Av. Gustavo Paiva.
Velhas casas do inicio do bairro,
são mantidas - Orfanato São Domingos e a Cruz Vermelha.
Na extensão desta velha estrada, sugue um importante
santuário da Virgem dos Pobres, encravado na elevação
do morro, no sítio Betânia, onde a fé é preservada.
Colégios, shopping,condôminos e um comércio
valorizado, faz deste bairro um dos mais procurados
da cidade. Nas noites de lua recebe um brilho especial.
Ari Lins Pedrosa
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"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.