Benedito Bentes

Informações

Área: 24.62 Km²

População fonte IBGE: 88.084 hab. Censo 2010

Quantidade de logradouros: 80

Região Administrativa: 6

Crédito fotos: José Ademir

Mapa do bairro para download: Clique aqui

História

Texto: jornalista Jair Barbosa  e escritor Carlito Lima   

     Benedito Bentes tornou-se um bairro, mas parece uma cidade     

 

Quando foi construído, em 1986 o Conjunto Residencial Benedito Bentes era considerado um "fim de mundo". Só morava lá quem não tinha condições de pagar um aluguel ou comprar uma casa na cidade. Aos poucos, os moradores foram se adaptando à distância, ganharam novas linhas de ônibus e o comércio começou a crescer.

     Hoje, o Benedito Bentes virou "uma cidade" e até já tramitou na Câmara Municipal um projeto para transformar o conjunto num município, considerado sua imensidão. Não vingou, mas evoluiu e tornou-se bairro. Mas seus moradores se sentem independentes.O comércio absorve quase toda extensão da avenida principal, com lojas dos mais variados ramos de negócios.O novo bairro, considerando outros conjuntos menores construídos em seu redor, talvez já seja maior que a cidade de Palmeira dos Índios.

Em 2002 a Associação de Moradores convidou o Engenheiro e escritor Carlito Lima para coordenar um trabalho de planejamento do bairro. Com a participação da comunidade e todos os segmentos de moradores, o resultado foi impressionante. Até os detalhes do diagnóstico, do levantamento de problemas, das soluções e sugestões dadas. E deram um belo e sugestivo título ao trabalho: " O Benedito Bentes que nós Queremos" .

Este trabalho foi para atender a lei federal 10.257 de julho de 2001 - O Estatuto da Cidade. Carlito Lima ficou surpreso em saber que a maioria dos moradores não sabe quem foi Benedito Bentes. O engenheiro contou esta história:

"Nos anos 30, vindo do Amazonas, aportou por essas bandas um cidadão de nome Manoel Bentes com sua família. Ficou encantado com as águas verdes da praia da Avenida e disse que aqui ficaria para sempre com sua mulher e seus quatros filhos: José, Benedito, Ana e Terezinha. Criou seus meninos, deu-lhes educação, viveu como se alagoano fosse, trabalhou, prosperou e ficou amando essa bela Alagoas.

     Todos os filhos casaram-se com alagoanos misturando o sangue manaura com os caetés das Alagoas. Dona Ana com o médico Manoel Menezes. José de Anchieta foi para Escola Militar; já oficial do Exército casou-se com Dona Izolina. Dona Terezinha, esportista e mulher de fibra, deu a vida trabalhando dedicando-se à Cruz Vermelha casou-se com Júlio Normande, também esportista, e com 60 anos ainda jogava futebol da praia da Avenida. E finalmente Benedito Geraldo do Vale Bentes, que se casou com Vega, filha de Heráclito Lima, o maior propietário de coqueiros de Alagoas. Essa família povoou o Estado, existem netos, bisnetos, tataranetos. Bentes por todos os cantos das Alagoas, tudo brava gente."               

Benedito Geraldo do Vale Bentes:

Filho de Manoel Gentil do Vale Bentes e Alcina Calmon do Vale Bentes, casado com Dona Vega Lima Bentes, chegou em Maceió em 1936 vindo de Manaus Amazonas. Seu pai era formado em Agronomia veio ser diretor da escola Agropecuária de Satuba onde fixou residência. Benedito Bentes, teve 5 filhos: Luciano, Marden, Humberto, Eduardo e Geraldo. Seus irmãos coronel José Anchieta do Vale Bentes, Ana Bentes Ferreira Pinto e Terezinha de Jesus Bentes Normande. Formando em direito, mas desenvolveu a atividade de comerciante por muitos anos. Em 1961 com a eleição do major Luiz Cavalcante ao governo do estado foi por ele convidado para a presidência da CEAL aonde exerceu o cago até agosto de 1974 quando faleceu repentinamente. Na presidência da CEAL   na companhia dos diretores Napoleão Barbosa, Osvaldo Braga, Lenine de Melo mota, Mauricio Goldim, eletrificou todas as sedes dos municípios alagoanos com energia da CHESF tornando-se na época o primeiro da federação a ter todas as suas sedes dos municípios eletrificadas. 
Foi também presidente do SESC/SENAC em Alagoas, Diretor da Confederação Nacional do Comercio e outros cargos de destaque no cenário político e econômico de Alagoas.

Estrutura e limites do Bairro:

Benedito Bentes limita-se ao norte com município de Rio Largo, ao sul com Serraria e Jacarecica, ao Leste com Guaxuma,  Garça Torta e Riacho Doce, a Oeste com  Antares e Cidade Universitária.

A lei municipal 4.952 de 6 de janeiro de 2000 determinou o limite oficial com a descrição do perímetro urbano tendo inicio no encontro da estrada para Duas Bocas (Avenida Cachoeira do Meirim) com a Rua Roberto de Farias. 

O Benedito Bentes é o maior bairro em área, com 24.627 Km2 , com um perímetro urbano de 26.731,15 metros.
   
Toda esta extensão junto com o bairro de Antares fazem parte da região administrativa 6. O Bairro e formado por mais de 80 logradouros, sendo varias avenidas, os conjuntos habitacionais Benício Mendes, Frei Damião, Jardim Paraíso, João Sampaio II, Luís Pedro III, Moacir Andrade, Selma Bandeira. Os loteamentos Alvorada e Bela Vista, as grotas da Alegria e da Caveira, integram o complexo Benedito Bentes.

 

 

BENEDITO BENTES

É um bairro de bandeirantes
(lembrando os desbravadores).
De conjunto habitacional,
virou bairro de moral.

Com uma população de fazer inveja,
é o maior bairro da capital.
São vários logradouros enfeitados no natal.
Sua população é ativa e lateja.

O início foi difícil. Longe de tudo.
Hoje o bairro é auto suficiente.
Um local preparando-se para o futuro.

Seu nome veio de um empreendedor
( Benedito Bentes  ).
Igual a ele: cresceu e é valente.

– Ari Lins Pedrosa -  janeiro de 2014  

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Curiosidade

Treze vezes vencedor do prêmio Notáveis da Cultura Alagoana - Prêmio ESPIA.

"Uma cidade que não tem memória é uma cidade sem alma. E a alma das cidades é sua própria razão de ser. É sua poesia, é seu encanto, é seu acervo. Quem nasce, quem mora, quem adota uma cidade para viver, precisa de história, das referências, dos recantos da cidade, para manter sua própria identidade, para afirmar sua individualidade, para fixar sua municipalidade." Extraído do livro Maceió 180 anos de história 5 de dezembro de 1995.

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